É sabido que no Brasil o esporte
profissional não goza de grande incentivo ou patrocínio. O que não causa
espanto em um país pobre e arcaico secundariamente inserido na sociedade
global.
Por
isso é mais do que natural um certo sarcasmo diante da celebração midiática da
conquista da primeira medalha de ouro ( primeira de poucas) nas olim-piadas do
Rio 2016.
Bem
recompensado o esforço e perseverança da judoca Rafaela Silva realizadora do
feito que, contra todas as circunstancias, foi capaz de afirmar-se vitoriosa em
sua trajetória desportiva. Mas o que se deve
frisar também é que trata-se de um caso
raro em terras tupiniquins. A maioria
dos seus pares não vence as dificuldades.
Por aqui esporte e cidadania só serve para
embalar o discurso da ordem e do conformismo e não o da superação e da
transformação da vida e da sociedade. O
atleta não é visto e nem tratado como cidadão. Apenas como um útil patriota ,
um instrumento de afirmação do ufanismo e do cinismo da ordem e progresso. Pelo
menos é o que assistimos nos discursos oficiais midiáticos.
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