terça-feira, 9 de agosto de 2016

CRÔNICA DE UMA OLIMPÍADA MUITO LOUCA: RIO 2016

É sabido que no Brasil o esporte profissional não goza de grande incentivo ou patrocínio. O que não causa espanto em um país pobre e arcaico secundariamente inserido na sociedade global.

 Por isso é mais do que natural um certo sarcasmo diante da celebração midiática da conquista da primeira medalha de ouro ( primeira de poucas) nas olim-piadas do Rio 2016.

 Bem recompensado o esforço e perseverança da judoca Rafaela Silva realizadora do feito que, contra todas as circunstancias, foi capaz de afirmar-se vitoriosa em sua trajetória desportiva. Mas o  que se deve frisar também  é que trata-se de um caso raro em terras tupiniquins.  A maioria dos seus pares não vence as dificuldades.


Por aqui esporte e cidadania só serve para embalar o discurso da ordem e do conformismo e não o da superação e da transformação da vida e da sociedade.  O atleta não é visto e nem tratado como cidadão. Apenas como um útil patriota , um instrumento de afirmação do ufanismo e do cinismo da ordem e progresso. Pelo menos é o que assistimos nos discursos oficiais midiáticos.

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