Já não busco a transformação
radical da sociedade, pois não me
inspira qualquer utopia totalitária que
oferece apenas o delírio de um mundo sem
grandes defeitos. A sociedade mais justa é aquela que de tão plural implode em
infinitas e contraditórias possibilidades. Ela não será regida pela
unilateraridade de rígidos princípios ideológicos. Propiciará aos indivíduos
livremente associados a possibilidade de inventar a si mesmo entre os seus
pares. Terá como ponto de partida, pura e simplesmente, a vida cotidiana em
suas múltiplas expressões.
Para tanto não se valerá de
qualquer desastroso ideal de revolução social e disciplina estatal. As mais
profundas mudanças exigem uma boa dose de diversão e irreverencia e não dogmas e
disciplina. Tudo que precisamos é de uma grande festa onde as velhas e
tradicionais rotinas e cabestros deixem de fazer sentido do riso franco da
liberdade. E isso só será possível em nossas micro realidades de existir
concreto.
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