quarta-feira, 23 de novembro de 2016

ANARQUIA HOJE

Já não busco a transformação radical  da sociedade, pois não me inspira qualquer utopia  totalitária que oferece apenas  o delírio de um mundo sem grandes defeitos. A sociedade mais justa é aquela que de tão plural implode em infinitas e contraditórias possibilidades. Ela não será regida pela unilateraridade de rígidos princípios ideológicos. Propiciará aos indivíduos livremente associados a possibilidade de inventar a si mesmo entre os seus pares. Terá como ponto de partida, pura e simplesmente, a vida cotidiana em suas múltiplas expressões.


Para tanto não se valerá de qualquer desastroso ideal de revolução social e disciplina estatal. As mais profundas mudanças exigem uma boa dose de diversão e irreverencia e não dogmas e disciplina. Tudo que precisamos é de uma grande festa onde as velhas e tradicionais rotinas e cabestros deixem de fazer sentido do riso franco da liberdade. E isso só será possível em nossas micro realidades de existir concreto.

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