Nunca fui um bom brasileiro.
Jamais pretendi me tornar
um cidadão respeitável.
Afinal, como me encaixar
nos moldes de tão horrenda nacionalidade?
Não serei mais um cego
seguindo em uma multidão de dementes.
No Brasil não se brinca de liberdade,
não se adivinha o sentido do mundo.
Vivemos em um país a margem da História,
arcaico e fechado em sua miséria,
mitos e aberrações
de sociedade e Estado.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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