domingo, 31 de dezembro de 2017

ECONOMIA POLÍTICA

Não haverá novidades na república das bananas. Estamos condenados à repetir o mesmo de sempre. Mas falemos em termos econômicos e técnicos:

A esperança tornou-se uma moeda sem valor de uso ou de troca em tempos de decadência da economia dos sonhos. A infração de mentiras corroeu todos os investimentos e aplicações da vontade coletiva. Ninguém investe em soluções. Estamos todos politicamente falidos. O trabalho gera miséria e pobreza e alimenta o mercado que quase nos mata de fome de vida.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

APATRIADOS

A verdade sobre o Brasil é o fracasso como marca coletiva de uma invenção nacional. 

Prisioneiros de uma ordem insana e constitucional, somos todos reféns dos poderes constituídos, vítimas da prisão de um estado nação que nos obscurece no devir do mundo.

Nossas vidas não cabem neste circo que chamam Brasil.

Queremos muito mais do que aquilo que dizem possível.Queremos um futuro. Não fomos paridos por nenhuma pátria!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

PODRIDÃO POLÍTICA

A estupidez domina os debates políticos, as pseudo disputas ideológicas e o capricho narcisista das opiniões virtuais. Mas a política real, aquela feita pelos profissionais do poder e pelos detentores de mandatos e cargos públicos, vai ainda pior. Beira o mais calamitoso e  indecente teatro, alimentando-se dos mais obscuros acordos e negociatas.  

A politica fede e apodrece. Mas nada acontece. Ninguém consegue esperar boa coisa do jogo do poder, da miséria das instituições republicanas que empodera oligarquias.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

FIM DE ANO

Todo fim de ano
É sempre a mesma melancolia,
Aquela falta de esperança
E revolta contida.
Sempre aquele limite,
Aquela realidade subdesenvolvida.
As mesmas mentiras nos jornais,
Toda forma de hipocrisia.
Todo fim de ano
É sempre o mesmo vazio,
A mesma falta de perspetiva.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O VOTO COMO ELE É

O Voto apenas legitima o poder,
Esvazia nossa auto representação
E nos torna reféns do interesse de pequenas elites
Que ditam o que devemos querer
E decidem como iremos viver.

O voto é a recusa da liberdade,
A delegação de responsabilidades

Aos nossos próprios carrascos 

O BRASIL QUE NOS ADOECE

É muito fácil adoecer no Brasil.
Afinal,  o Estado patrocina  doenças
Ao não garantir direitos
E  sacrificar a população carente
Para garantir privilégios de políticos,
Empresários e outras autoridades.

A cidadania é apenas uma mentira
Para que o poder se legitime nas urnas
Enquanto a população adoece
Nas filas de espera das repartições públicas.

O importante é o futuro da economia,
A boa ventura dos lucros e dividendos

E a saúde dos corruptos.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

DESMANDOS POLÍTICOS

Nos últimos anos, o  noticiário sobre politica nacional  foi praticamente monopolizado por escândalos de corrupção e pela arbitraria iniciativa dos políticos em legislar para o bem de um país que existe apenas na cabeça ou no interesse deles.

Temas como reforma trabalhista e da previdência, tal como colocados em pauta, refletem o consenso de elites em torno do arbítrio de suas prioridades. Longe de eliminar privilégios ou estabelecer equidades, tais reformas atende uma logica de mercado que dispensa estudos técnicos e até mesmo o amplo debate com a sociedade.


Além disso, os prévios acordos que só permitem o agendamento da votação em plenário de tais propostas, após os governistas conquistarem franca maioria, é um procedimento que atenta contra qualquer principio democrático e cheira a autocracia. Arranjos e negociatas dão o tom das praticas politicas de modo realmente acintoso.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

MISÉRIA ESTATAL

As razões de Estado
Desconsideram o individuo
Na exaltação do cidadão abstrato.
Somos todos numero,
Massa amorfa e anônima
Que legitima a ordem vigente.
Todo ensaio de autenticidade,
De critica e contestação,
É considerado disfuncional
E digno de repressão.
O controle
É essencial as desrazões de Estado.
Para ele, é perigoso todo comportamento
Autônomo e individual.




COMO FUNCIONA O PODER

As oligarquias politicas, organicamente articuladas em maquinas partidárias, estabelecem o poder como relação entre desiguais, como domínio de minorias sobre uma maioria inorgânica.

Assim, todo poder emana sempre do povo e contra ele é exercido... Para as elites politicas, a reprodução do próprio poder é o único objetivo a ser alcançado em meio a constantes disputas por hegemonia.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

REPUBLICA, BARBÁRIE E ARCAISMO NACIONAL


Hoje em dia, mais do que em qualquer outro período, sabemos que a república tupiniquim nunca teve vocação para a democracia. Pelo contrário, sempre vivemos  a sombra do autoritarismo. E nada disso mudou depois da constituição de 1988. Provam a corrupção e elitismo autoritário de nossa degenerada classe politica.

Ainda somos uma republica oligárquica atolada em arcaísmos,  em absoluta falta de civilidade. Provamos no dia a dia que nos trópicos imperam, desde sempre e para eternidade, formas de barbárie civilizada, assentadas a margem dos rumos e da contemporaneidade do mundo ocidental. 

O projeto de modernidade e racionalidade pós iluminista foi por aqui um grande engodo patrocinado pelo atraso que ultrapassa as épocas históricas. Não passou de um grande carnaval durante bom tempo cantado ao ritmo nacional desenvolvimentista.

Aventurou-se o país na pós modernidade sem nunca ter sido moderno...

Maldito seja o progresso!!!

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

IMORALIDADES POLITICAS

É muito curiosa a lógica do jogo do poder.
Temer não pode ser investigado para não atrapalhar a suposta" recuperação" da economia. Lula, já condenado em primeira instância, em campanha presidencial com um ano de antecedência, não pode ser condenado em segunda instância e impedido de concorrer porque lidera as pesquisas de opinião.

Em poucas palavras,  para os políticos e seus partidários, o jogo do poder está acima da lei e o cálculo político torna qualquer noção de justiça irrelevante. 
É assombroso o fundo do poço em que chegou a república tupiniquim.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O PREÇO DA PASSIVIDADE

As coisas de governo não são, a rigor, matéria exclusiva dos profissionais da política, mas interesse de todos. Deixar os rumos da vida social a mercê do Estado e das autoridades é legitimar a autocracia como princípio velado da vida pública. Infelizmente, o elitismo característico do jogo do poder reduz a maioria da população a condição de massa amorfa e passiva, incapaz de participar ativamente dos rumos de sua própria existência coletiva. Deste modo, somos todos cúmplices dos abusos praticados pelos profissionais da política. Garantimos as condições necessárias a toda forma de corrupção e poder abusivo por nossa passividade. Não nos reconhecemos como sujeitos da vida pública ou como atores de uma sociedade politica.


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017


CONSUMO E MISÉRIA

Vivemos em uma sociedade de consumo e o acesso ao mundo, ao próprio tempo presente, depende de muitas maneiras de nosso poder aquisitivo.  Neste sentido, a maior parte da população vive a margem do tempo de agora, seja material ou intelectualmente. As compras do mês de produtos ordinários em uma rede popular de supermercado são sua maior preocupação. Esta é uma das formas invisíveis do arcaísmo que define o  Brasil e sua falta de horizonte cultural.


É fato que o consumo qualificado de tecnologia e cultura permanece a margem da esmagadora maioria dos brasileiros, cuja formação intelectual deixa incrivelmente a desejar. Mas se há  uma coisa que as elites econômicas  e seu rebanho tem em comum  é a falta de horizonte cognitivo, a incapacidade de perceber as questões do tempo presente sem tomar como critério o pequeno mundo que gira em torno do próprio umbigo. A miséria do consumo nacional atinge também as elites. Não por privação, mas por absoluta ignorância. 

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

SOBRE O BRASILEIRO MÉDIO

O brasileiro médio é definitivamente alguém que vive para o curto horizonte da reprodução de sua vida privada. Não se considera um membro de qualquer sociedade politica e não faz a mínima ideia do que seja uma “cidadania ativa” ou uma democracia participativa.

Para ele, de modo geral, a politica é coisa dos “políticos”. E, se ruim com eles, pior sem eles. Assim, deixa seguir a ordem “natural” das coisas e pouco aposta em mudanças. Acha mesmo que tudo sempre será como agora e que “não tem jeito”.

O brasileiro médio não lê muito. Logo, também não pensa muito. Nem mesmo acredita que pensar seja algum tipo de virtude, mas coisa de “esquisitões”. Esta é uma das muitas explicações possíveis para a passividade geral diante de tantos escândalos de corrupção e do elitismo predatório da classe politica, cada vez mais ousada na arte de cultivar privilégios e caprichos ou julgar-se imune a própria lei.

O brasileiro é um bestializado em matéria de política. Quando muito cai no simplismo maniqueísta de qualquer ideologia ou religião de plantão.


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

OPINIÃO E CONJUNTURA NACIONAL

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Ninguém se importa com sua opinião.

Todos os debates são agora arremedos de diálogos
Nos desencontros das polarizações.
Os atos valem mais do que qualquer palavra.
Pois há mais informações do que fatos
E nenhuma resposta arranha soluções.
Em tempos de absurdos e perplexidades
Fazemos de conta que o futuro
Ainda é possível.