quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

SOBRE O BRASILEIRO MÉDIO

O brasileiro médio é definitivamente alguém que vive para o curto horizonte da reprodução de sua vida privada. Não se considera um membro de qualquer sociedade politica e não faz a mínima ideia do que seja uma “cidadania ativa” ou uma democracia participativa.

Para ele, de modo geral, a politica é coisa dos “políticos”. E, se ruim com eles, pior sem eles. Assim, deixa seguir a ordem “natural” das coisas e pouco aposta em mudanças. Acha mesmo que tudo sempre será como agora e que “não tem jeito”.

O brasileiro médio não lê muito. Logo, também não pensa muito. Nem mesmo acredita que pensar seja algum tipo de virtude, mas coisa de “esquisitões”. Esta é uma das muitas explicações possíveis para a passividade geral diante de tantos escândalos de corrupção e do elitismo predatório da classe politica, cada vez mais ousada na arte de cultivar privilégios e caprichos ou julgar-se imune a própria lei.

O brasileiro é um bestializado em matéria de política. Quando muito cai no simplismo maniqueísta de qualquer ideologia ou religião de plantão.


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