A execução brutal da ativista dos
direitos humanos, então vereadora Marielle Franco, na última quarta feira (14
de março) no Rio de Janeiro, foi um acontecimento dramático no plano da consciência
coletiva da cidade. Um novo tipo de violência foi acrescido aquela cotidianamente
vivida: a violência politica. Afinal, todos os indícios apontam para uma execução
inspirada em razões politicas. Assim, muito provavelmente, tratou-se de um ato de pura barbárie que atenta
contra toda a sociedade e a própria democracia. Por isso causa ainda mais perplexidade
que existam vozes capazes de atacar sua memória e sua luta de forma desleal e
preconceituosa em um contexto de evidente luto coletivo. É realmente pavoroso viver em uma sociedade
onde tais coisas aconteçam e não é de admirar a repercussão global do fato. Estamos
diante de uma demonstração radical de barbárie. É preciso que este crime seja esclarecido e os responsáveis e seus motivos expostos a toda sociedade.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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