“O governo planetário a
que aspiram os liberais de todos os continentes- a não ser que já não se trate
de realidades...- requer uma resposta apropriada. Primeiro, com a criação de um ideal de razão:
a resistência rizômica, depois, com objetivos claramente definidos, uma política
hedonista. Dispõe-se desse modo
de um fim e de um meio para alcança-lo. A política forjando pequenos dispositivos temíveis,
como um grão de areia na engrenagem de uma máquina aperfeiçoada. Fim da história imodesta,
advento da história modesta, mas eficaz.
Essa resistência rizômica
se dá no terreno individual- a exemplaridade de uma vida de resistência ou o
acululo de situações de resistência-, ou , mas amplamente, em espaços coletivos, o das associações de egoístas.
Estas redes alternativas se tornam
imediatamente eficazes, desde a sua criação expontânea, voluntária e
deliberada. O contrato de ação dessas associações é pontual, sinalagmático,
renovável e capaz de ser rescindido a
qualquer momento. Essa edição de forças deve se contentar em visar a energia necessária a inercia e à sabotagem.
Uma vez produzido o efeito, a associação se desfaz, se desagrega e os membros desaparecem.”
Michel Onfray in A POTÊNCIA
DE EXISTIR
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