Vivemos em uma sociedade de consumo. Somos medidos e definidos pelo nosso poder aquisitivo. Ele define onde você mora, o que você come, seu grau de instrução, hábitos e sensibilidades possíveis.
Todos nós que sobrevivemos de salário somos, entretanto, menos do que consumidores. Somos individados por natureza. Mesmo aqueles que pagam suas contas em dia. A dívida vive de seu eterno retorno contra as nossas vidas. Eis a mais sutil estratégia de controle social: a democrática ditadura do boleto.
A maior parte do nosso salário sempre será investida na quitação de débitos mensais, na agonia mortal de reproduzir até o absurdo nossa cotidiana miséria existencial.
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