Em tempos de Bolsonaro, o discurso asqueroso da grande nação desenvolvimentista, personificadora da ordem e progresso, apenas mudou de lado. Adentramos um momento onde, ironicamente, nos vemos confrontados com uma espécie de PT invertido. Nos defrontamos agora com um populismo ainda mais autoritário e messiânico, que acha possível submeter a sociedade inteira a um projeto lunático de Estado delirante. Direita e esquerda, afinal, representam o mesmo arcaísmo neurótico em um mundo que muda, se transforma e vive a expectativa da radicalidade de um futuro de autenticas novidades. Por aqui, entretanto, nesse fim de mundo tropical, o passado ainda dá o tom das variações do sempre igual.
O autoritarismo sempre foi a grande vocação nacional e em tempos de globalização faz ressurgir a mítica das identidades.
Mas, pelo menos, nunca foi tão clara a inquietude e nervosismo de novas paisagens de vida que se insurgem indigentes e discretas contra o deserto do arcaico da eterna e obsoleta modernidade tropical.
O teatro do poder já não nos engana mais....
Nada está sob controle....
Nenhum comentário:
Postar um comentário