Para quem não se lembra , foi a remoção da estátua de um general escravista que desencadeou em 2017 a marcha racista de Charlottesville, nos Estados Unidos. Já durante as ondas de protestos no Chile durante 2020 diversos monumentos nacionais foram também atacados. Não faltam exemplos, em outros contextos e países, de uma performance rebelde de desconstrução da memoria oficial do Estado Nação, cujos heróis são agentes de poder e opressão , símbolos de dominação, racismo e elitismo. Tal memória do poder vem sendo afrontada pelos novos movimentos sociais. Não apenas no sentido de produzir outras narrativas historicas a partir da cultura dos de baixo, como também desligitimizar uma cultura da opressão que até hoje se confunde com a cinica retorica da repressão em nome da manutenção da ordem vigente, sempre descrita comoa melhor possivel, mesmo que só serve para garantir privilégios e desigualdades.
O ataque ocorrido em São Paulo durante os atos anti bolsonaro de 24/07 contra uma homenagem a um bandeirante de execrável biografia, não é inédito nem em São Paulo e, certamente, não será o último. Torço para que iniciativas como essa se tornem mais frequentes como estratégia de reinvenção do espaço público através do regate e construção de uma memória dos vencidos, dos de baixo, que nos cobduzam a uma cultura cada vez mais plural e libertaria.
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