Todos nós perdemos na continuidade do jogo,
do absurdo do Estado,
da lógica do mercado e da produção,
na precariedade de nosso cotidiano.
Seguiremos em servidão voluntaria
apontando os erros do novo governo,
em permanente crise de representação,
abominando os rumos da república.
Os politicos continuarão ricos,
os negros sendo assassinados,
e os jovens angustiados
e sem o legado de qualquer futuro.
Nada de novo há de surgir das urnas
e do falsos falsos consensos nacionais.
São tempos de emergência climatica
e caos global
onde todo governo e elite
exigem de nós
um passivo compromisso
com toda forma consagrada de absurdo.
Mas, sim, haverá novo governo,
apesar de toda abstenção.
Tudo sempre muda
para continuar como está.
Tudo já foi decidido
nos gabinetes de minorias
que nos governam além do voto.
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