Judiciário e militares dão o tom das negociações para um novo equilibrio das forças desarmônicas que sobrevivem das tetas do erário.
O fato é que as relações de poder e privilégios que ditam a teatral performance das instituições duvidosamente democraticas estão em mudança. É preciso atualizar o arcaismo patrimonialista nacional.
Afinal, no nosso eterno "antigo regime", o mantra de que "as instituições estão funcionando" apenas dissimula a luta oligarquica por trincheiras na maquina estatal. É preciso garantir o rentismo mais descarado as facções oligarquicas com melhor desempenho.
No fundo, a politica nacional se resume ao jogo dos interesses privados dos que mamam no Estado, não importa o governo da vez.
Militares e magıstrado querem agora mais espaço disputando a vaga de poder moderador de uma republicanismo sem lei e ordem, tradicionalmente gerido pelo velho toma lá da cá entre o executivo e o legislativo.
Militares e magıstrados, faz algum tempo, querem rever este pacto oligárquico, cheio de vícius e descaramentos, alvo de tantos escândalos e desgastes. Sabem que não há mais lugar para o presidencialismo de coalisão. É hora de novos arranjos.
Seja qual for o resultado disso, uma premissa define o resultado: no jogo do poder o povo não tem vez. Todo poder se rouba do povo e é exercido com a mais competente desfaçatez. A nova República sempre foi uma República Velha construida sob o fantasma do risco de uma " Revolução de 30".
Longa vida ao corrpirativismo!
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