Vivemos em um país
de oportunidades restritas,
de possibilidades abortadas,
de necessidades ignoradas,
ambições ilimitadas,
reflexões limitadas,
hipocrisias, volúpia,
barbárie
e, principalmente,
definido por uma quase absoluta
falta de civilidade.
Não há luz no fim do túnel
e muito menos milagres.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
sexta-feira, 31 de março de 2017
quinta-feira, 30 de março de 2017
SOBRE A MISÉRIA DO ESTADO
As contas públicas sempre caminham de mal a pior. Mas o desequilíbrio permanente entre despesas e receitas não é um problema para economistas, mas uma questão de irracionalidade estrutural. O Estado movimenta cifras financeiras inimagináveis e recursos monstruosos. Justamente por isso, é incapaz de bem geri-los. Assim, a mercê da corrupção ou de seu gigantismo e vícios da burocracia, ele se converte em uma monstruosidade cuja principal função é sua própria auto reprodução. A gritante precariedade dos serviços públicos, que não varia significativamente de governo para governo, indicam o quanto o Estado está longe de promover o bem comum. Em países periféricos e arcaicos como o Brasil, ele sustenta a manutenção de privilégios e, simplesmente, parece existir para não funcionar.
segunda-feira, 27 de março de 2017
SINGELO CONVITE A ANARQUIA
É cada vez mais evidente o divórcio entre sociedade civil e política. Políticos profissionais não representam o bem comum, mas seus privilégios garantidos pela verticalidade autoritária do jogo do poder. Atentam contra todos nós em suas negociatas e corrupções, através da promiscuidade entre o público e o privado. Mas o rigor da coerção legal não é eficaz contra eles...
Precisamos de algo mais do enunciados e respostas jurídicas...Precisamos nos fazer presentes no espaço público contra aqueles que dizem nos representar. Que as ruas e o cotidiano imponham aos absurdos da ordem a ação direta de nossa liberdade e revolta!
EM DEFESA DAS SOCIABILIDADES E DAS REDES COTIDIANAS DE COMPARTILHAMENTO DE MUNDO E VIDA, VAMOS DECORAR AS RUAS COM A INTENSIDADE DE NOSSA EXISTÊNCIA!
TEMPOS SOMBRIOS
Passa um pouco da
meia noite
Mas as ruas já estão mortas,
Os bares vazios
E os mendigos, indiferentes a tudo,
Dormem tranquilos nas calçadas.
Enquanto isso
Navego meu tédio
Apodrecendo dentro
de casa.
Estou entre
aqueles
Que vivem sem
solução
E abdicaram de
ter razão.
A insônia me
lembra das contas vencidas,
Dos sonhos
partidos
E da diária agonia
do meu ganha- pão.
O país vai de
mal a pior.
Mas ninguém realmente
se importa.
Não há solução.
POLITICOS PARASITAS
A miséria dos políticos
profissionais esta na indiferença a sociedade,
No viver dos privilégios
do Estado e do mercado.
Atendem ao vazio
de seus interesses escusos e corporativos.
Pouco se
importam com as dores do povo
E brindam o lucro dos bancos,
As contas
secretas e ao dinheiro fácil.
Tratam milhões
como centavos
Deitados sobre
mordomias,
Privilégios e grandes
gastos.
Mas reduzem
nossas necessidades
As burocracias
orçamentarias
Indiferentes aos
nossos direitos.
Políticos são
parasitas que se alimentam de nossa soberania.
A MISÉRIA DAS OPINIÕES PRONTAS
Entre o
populismo de esquerda e o pragmatismo predador de direita o Brasil se define
como aquilo que sempre foi: um país de futuro duvidoso contemplar os abismos da
História. Onde o chamado “interesse nacional” é tacanho e medíocre não se pode
esperar grande coisa do amanhã.
Falta por aqui a
sensibilidade as potencialidades do momento coletivamente vivido. Tudo se perde
na prisão das opiniões, ideologias e conservadorismos diversos que contaminam
até mesmo as mais generosas e lúcidas possibilidades de mudança e
transformação.
No Brasil o
pensar é um luxo....
quarta-feira, 22 de março de 2017
NÃO CONFIE NO BRASIL
O Brasil não é
um país confiável em todos os sentidos.
Por aqui a
corrupção e o desvio constituem uma forma de conduta e racionalidade negativa. Nem
mesmo os rigores da produção capitalista impedem a corrupção. Pelo contrario,
conduzem a uma relação perversa entre Capital e Estado onde, em nome do caminho
mais fácil e lucrativo, tudo é permitido com um pouco de propina. A própria política
é um grande negócio onde empresários e políticos profissionais visam o lucro fácil
a qualquer custo.
Não há segurança
em relação a qualquer regra formal ...
segunda-feira, 20 de março de 2017
A TRISTE VIDA DE SER CONSUMIDOR NO BRASIL ( UM RESUMO)
Não é novidade
que somos diariamente vitimas de uma dieta fraudulenta no alimento que
consumimos. Isso vale para qualidade da cerveja, passando pela do pó de café, o
chocolate sem quase cacau, até chegar em coisas mais essenciais como as
garrafinhas de agua mineral, vendidas no centro de cidades como o Rio de
Janeiro, sobre as quais a procedência e a qualidade é sempre duvidosa.
Isso para não
falar na Internet que custa os olhos da cara, mas está longe de oferecer um
serviço minimamente decente, tarifas bancárias padrão agiotagem, produtos defeituosos ou não entregues, golpes na praça, carne podre, leite com cal, etc.... A lista é
grande!
Mas o que importa aqui é reafirmar o óbvio absurdo de todos os dias que
aceitamos sem grandes reclamações. A maioria dos serviços oferecidos em terras
tupiniquins esta abaixo de qualquer padrão de qualidade. E nem estou falando
dos serviços públicos. Mas daqueles elementares ao direito do consumidor como o de simplesmente receber aquilo que realmente comprou.
Somos enganados,
extorquidos e desrespeitados quase
sempre que consumimos alguma coisa. Quando não é a qualidade do produto é a
carga tributária abusiva que desaparece no sumidouro da burocracia e da
corrupção hoje mais do que sabida.
ABSURDO NACIONAL
Sei que o Brasil
é o país do absurdo.
Mas nada é mais
absurdo
Do que bem viver
no absurdo,
Deixa-lo ser
absoluto.
Talvez as
pessoas
Também sejam
absurdas
Para naturalizar
tanto absurdo.
O Brasil, na verdade,
É um país de pessoas absurdas.
É um país de pessoas absurdas.
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