Para boa parte
das pessoas o problema da segurança publica se reduz a policiamento e coerção. Como
se a violência fosse à solução para a própria violência. Mas uma sociedade refém
da insegurança é uma sociedade onde a violência se impôs como linguagem e estratégia
e o bom viver tornou-se impossível a maioria das pessoas. Altas tachas de criminalidade
e violência expressam o fracasso de uma sociedade, sua falta de civilidade e discreta
barbárie. O embrutecimento e animalidade são sintomas de falta de cultura. É
isso que faz da violência um fenômeno social. Não é a pobreza ou a miséria. Mas
a incapacidade de convívio em uma sociedade que não garante a plena realização
da grande maioria dos seus membros. A deficiência dos direitos mais básicos,
como saúde, educação, morar dignamente, impossibilitam a “boa sociedade” entre
os seres humanos.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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