As contas públicas sempre caminham de mal a pior. Mas o desequilíbrio permanente entre despesas e receitas não é um problema para economistas, mas uma questão de irracionalidade estrutural. O Estado movimenta cifras financeiras inimagináveis e recursos monstruosos. Justamente por isso, é incapaz de bem geri-los. Assim, a mercê da corrupção ou de seu gigantismo e vícios da burocracia, ele se converte em uma monstruosidade cuja principal função é sua própria auto reprodução. A gritante precariedade dos serviços públicos, que não varia significativamente de governo para governo, indicam o quanto o Estado está longe de promover o bem comum. Em países periféricos e arcaicos como o Brasil, ele sustenta a manutenção de privilégios e, simplesmente, parece existir para não funcionar.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
Nenhum comentário:
Postar um comentário