A crise econômica que decora as
paisagens tupiniquins, já faz alguns anos, alimenta a violência urbana nas
grandes capitais como Rio de Janeiro, São Paulo ou Florianópolis. Nada mais
obvio e, ao mesmo tempo, tão absurdo.
A violência urbana é um fenômeno
social e um complexo econômico, o que torna o tema muito mais amplo do que uma
mera questão de segurança pública. Dizer isso é admitir o insucesso ou o categórico
fracasso do Estado para garantir o atendimento das demandas mais elementares da
sociedade, porque é incapaz de disciplinar suas normativas mais elementares.
Pelo contrário, subordina-se a eles.
O crime organizado é uma grande
empresa, um empreendimento capitalista, que vive de lucros exorbitantes. O
crime como negócio se mostra um investimento de alto risco em meio à miséria generalizada.
Ironicamente , seus códigos de funcionamento são mais eficientes do que os que
regulam o corrupto funcionamento da maquina Estatal, tornando-a estruturalmente
deficiente.
Estamos aqui falando de uma
economia paralela fundada no ilícito. Neste sentido, o crime organizado,
enquanto empreendimento econômico, não é diferente da corrupção e sua
organização dentro do espaço publico institucional. Ambos vivem da produção e
circulação de “dinheiro sujo” e estabelecem seu território geográfico politico
em relação a fragilidade do Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário