sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A ECONOMIA DO CRIME

A crise econômica que decora as paisagens tupiniquins, já faz alguns anos, alimenta a violência urbana nas grandes capitais como Rio de Janeiro, São Paulo ou Florianópolis. Nada mais obvio e, ao mesmo tempo, tão absurdo.

A violência urbana é um fenômeno social e um complexo econômico, o que torna o tema muito mais amplo do que uma mera questão de segurança pública. Dizer isso é admitir o insucesso ou o categórico fracasso do Estado para garantir o atendimento das demandas mais elementares da sociedade, porque é incapaz de disciplinar suas normativas mais elementares. Pelo contrário, subordina-se a eles.

O crime organizado é uma grande empresa, um empreendimento capitalista, que vive de lucros exorbitantes. O crime como negócio se mostra um investimento de alto risco em meio à miséria generalizada. Ironicamente , seus códigos de funcionamento são mais eficientes do que os que regulam o corrupto funcionamento da maquina Estatal, tornando-a estruturalmente deficiente.


Estamos aqui falando de uma economia paralela fundada no ilícito. Neste sentido, o crime organizado, enquanto empreendimento econômico, não é diferente da corrupção e sua organização dentro do espaço publico institucional. Ambos vivem da produção e circulação de “dinheiro sujo” e estabelecem seu território geográfico politico em relação a fragilidade do Estado.

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