Definitivamente, não é a popularidade que sustenta um governo. Caso contrário o Temer não seria mais presidente. É claro que pesa um pouco o fato de que, seu merecido afastamento por corrupção, apenas estabeleceria um governo provisório capenga, responsável pela mesma agenda conservadora hoje estabelecida. Assim, o jogo político se sobrepõe a justiça. O que prova que a corrupção não é o único problema do atual sistema político. O corporativismo oligárquico tende sempre a manter tudo como está. Independentemente do resultado das eleições de 2018, somos reféns dos políticos em uma das piores democracias do mundo. Por aqui a cidadania é uma formalidade vazia estabelecida pelo tácito acordo de mediocridade entre os políticos e a sociedade. Carecemos de uma cidadania ativa e mesmo de um bom nível de formação cultural que permite vislumbrar um país menos problemático.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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