terça-feira, 31 de julho de 2018

MANIPULAÇÃO ELEITORAL



A moeda eleitoral é o desejo das massas no mercado da realidade. Todas as narrativas politicas institucionais mobilizam fantasias em seu jogo de poder. Em cada palanque vende-se felicidades coletivas e ilusões de Estado. Os governos se inventam como grandes ressacas depois do grande porre que é cada eleição. Votar, neste contexto, é apenas uma questão de manipulação coletiva.

FAÇO PARTE DA MAIORIA SILENCIOSA

Eu me coloco em meio a grande maioria silenciosa que, de tanto testemunhar os escândalos e absurdos da vida política brasileira, aprendeu a desprezar os políticos e não  levar a sério o jogo sujo e formal deste prostíbulo  republicano. 

Ando entre os desesperados que sabem que nada de bom podem esperar de leis e decretos pensados por nossas autoridades hipócritas. 
Ja você o suficiente para saber que a política não  irá resolver minha vida.

URGÊNCIAS


O futuro tornou-se perigoso.
Somos os órfãos dos sonhos das gerações passadas.
Fomos superados pelos fatos,
Massacrados pela realidade.
Não a esperança.
Tudo que nos resta é a indignação e a revolta.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

CADA UM NA SUA BOLHA



Existimos todos em bolhas de sobrevivência.

Mal sabemos do mundo e da vida, restritos as nossas províncias existenciais. Nem mesmo pertencemos a abstração fantasiosa de um estado nação. Somos o que somos no minúsculo universo familiar, nas rotinas do escritório e nas misérias cotidianas. Somos quase nada, mera estatística. Tudo que temos é o direito ao consumo dentro de nossas posses. Nada mais do que isso. Entretanto nos consideramos as pessoas mais importantes do mundo.



quinta-feira, 26 de julho de 2018

O FUTURO DA EDUCAÇÃO


Não existe educação de qualidade em uma sociedade na qual a instrução tem como meta exclusiva o mercado de trabalho. Não somos educados para o pleno desenvolvimento de nossos potenciais, mas para conquistar um diploma. 

A escola é uma instituição conservadora e cada vez mais, em tempos de tecnologia digital, a educação formal é substituída pela curiosidade virtual. O professor e a sala de aula, os currículos institucionais, já não dão conta da cultura contemporânea. 

A educação no futuro tende ser algo muito diferente do que foi até agora. Saber ler e escrever já não significa muita coisa hoje. É cada vez mais decisiva a capacidade de abstração e a construção de novas formas de conceber o mundo, novas maneiras de saber que não estabeleçam práticas de poder.

terça-feira, 24 de julho de 2018

A INJUSTIÇA DA LEI




A justiça no Brasil não faz a lei valer para todos. Nada mais obvio. O poder judiciário é um poder sensível a influencia dos demais poderes. Falo não apenas nos poderes institucionais, mas  também dos poderes representados pelos interesses corporativos de elites econômicas. 

Poder e justiça, como muita coisa neste país, vivem da promiscuidade dos interesses escusos e particularistas, do ganho pessoal  através do dissimulado tráfico de influências.

A própria lei é feita para manter uma ordem de privilégios e definir a delinquência. Não é feita para plena realização da justiça. A justiça se reduz a disciplina e ao castigo para os zé ninguém que não gozam de privilégios.

Vivemos em um país de presidiários e superlotação prisional. Curiosamente o encarceramento atinge majoritariamente pobres e negros , embora a criminalidade 

sexta-feira, 20 de julho de 2018

TODO GOVERNO É PODRE E POSER

Collor, FHC, Lula, Dilma e Temer.... todos os governos deixaram um legado podre contra o idealismo da democracia.

Somos prisioneiros da lógica governista, dá ilusão do voto e das mentiras dos políticos profissionais. Somos mansos escravos do poder institucional.

Votar nos empobrece em um cenário de miséria política eleitoral e caoS institucional.

Não confie em políticos! Não vote!

A VIDA ANDA DIFÍCIL


A vida anda difícil.

a sociedade é quase impossível.
Mas a política e a economia
Seguem em progresso
Apesar do vazio de humanidades.
A polícia nas ruas,
As obras públicas,
E a imaginação midiática
Inventam qualquer futuro
Para cidadãos cansados.
Mas tudo é inútil.

A vida anda difícil.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

O PODER DA MENTIRA

A mentira é sempre a lei do poder.
É sempre a versão conveniente da história,
Aquela que justifica a ordem,
Que será registrada, divulgada,
Imposta à posteridade.
O poder alimanta-se de mentiras.
Sem elas a ordem seria impossível.

terça-feira, 17 de julho de 2018

CRISE DA REPÚBLICA

O sentimento de que participamos de uma comunidade política que não funciona como promotora da vida como um valor universal, que não promove o bem estar da população, mas atende a interesses corporativos e privados de pequenas elites de poder, é o que define a fragilidade da cultura republicana na contemporaneidade.

Somos agentes e vítimas de uma vida pública onde os interesses privados e a mercantilização da política reduzem o jogo do poder a um grande negócio. Daí a percepção da corrupção como o grande e nefasto problema atual da vida pública. 

Não somos representados, não somos ouvidos nas decisões políticas. Se quer nos sentimos considerados pelas decisões de governo. Há um divórcio cada vez mais claro entre sociedade e Estado. A crise de representação é cada vez mais uma crise da própria cultura republicana.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

O FANTASMA DAS VERDADES ABSOLUTAS

Diante do crescimento das seitas neo pentecostais, que se converteram em uma expressiva força política com uma pauta não apenas conservadora, mas obscurantista, há quem diga que corremos o risco de uma Idade Média. Mas a referência é injusta. Afinal, a época medieval foi um período culturalmente bastante fecundo. A famosa caça as bruxas, por exemplo, ao contrário do que pensa o senso comum, ocorreu no início da chamada época moderna, assim como as sangrentas guerras religiosas entre católicos e protestantes. Não é, portanto , o risco de uma nova idade média que nos ameaça. Mas a afirmação abstrata de uma moral universal, de princípios e papéis sociais pré moldados pela sociedade. O que realmente nos ameaça é a verdade como monopólio de grupos ou partidos, é a fé, laica ou sagrada,  elevada a medida da vida pública.

PÃO E CIRCO



A vida coletiva demanda sempre um pouco de pão e circo, de domesticação do desejo, de adestramento populacional. Tudo deve se converter em espetáculo, em devir midiático, para que o existir de todos se reduza ao mais rotineiro, a monotonia de um conformismo absoluto.

 Afinal, a ordem e o progresso das desigualdades, da corrupção e das arbitrariedades do instituído poder democrático, devem ser preservados a todo custo. Para tanto é sempre necessário manter alguma zona de prazer em meio aos tantos desconfortos, desfuncionalidades e absurdos que caracterizam nosso quase insustentável dia a dia de trabalho e festa.  Até mesmo o direito de reclamar alimenta o conformismo.


quinta-feira, 12 de julho de 2018

REBELDIA VIRTUAL

As  redes sociais  nos proporcionaram a possibilidade de reclamar de tudo sem fazer absolutamente  nada. Somos hoje os revoltados mais passivos da História.

Até a revolta parece ter sido domesticada em meio a orgia de opiniões e atitudes do mundo contemporâneo. Estamos todos condenados à banalidade do sempre igual. Vivemos tempos de zumbilândia...

terça-feira, 10 de julho de 2018

SOBRE O TEATRO DO PODER

No jogo do poder não existem heróis. Não há nobreza ou virtude. Apenas interesses, estratégias, acordos e manipulações.

Os autores e atores políticos são poucos, mas dominam o vasto palco de nossas vidas como se fossem nossos senhores.

Mas é uma peça ruim... um roteiro muito ruim... Mas mesmo assim  é apenas  nossas vidas

MALDITO SEJA O BRASIL!



O Brasil vem piorando a cada década. Ou, talvez, apenas estejamos todos escapando as ilusões coletivas. Nada de musica, futebol, samba ou magistral natureza, para definir uma terra tão primitiva, desigual e absurda.

Acho que coletivamente estamos finalmente vendo nascer entre os brasileiros os primeiros rebentos do bom desespero. Descrentes no mais elevado sentido da descrença. Aqueles que uivam, que xingam, que quebram e esperneiam sem aceitar uma só migalha de otimismo.

Este inferno tropical não justifica grandes esperanças ou finais felizes. Alimenta, ao contrário os maiores pesadelos e os mais realistas temores em relação ao futuro.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

NIILISMO E CRÍTICA SOCIAL



Não proponho soluções.
Apenas tenho soluços,
Sustos e indignações.
Detesto ou reformadores sociais,
Os partidários do futuro.
A recusa radical do tempo presente
Não me conduz a falácia do bom caminho.
Hoje tudo está ruim.
Amanhã estará pior.
O que me importa é a crítica radical
Deste absurdo que nos tornamos.

A POLÍTICA PARTIDÁRIA COMO CRIME ORGANIZADO


As investigações da Operação Lava Jato e seus desdobramentos, ainda em curso, revelam o quanto o loteamento da administração pública em zonas de influência de caciques políticos, significa a cristalização do fisiologismo partidário, como forma de organização criminosa a perverter o interesse público.

O Estado é hoje refém do mais espúrio jogo de interesses privados que norteia a construção da governabilidade de qualquer governo. Desta forma, a corrupção se torna uma cultura política, uma prática corrente entre os profissionais da política. Tamanho absurdo expõe a fragilidade e degeneração do atual sistema político. Somos todos, enquanto cidadãos, vítimas deste absurdo cada vez mais evidente através da sucessão de escândalos já banalizado pelos noticiários.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

ERA DA INFORMAÇÃO


Em tempos de tanta informação já não pensamos. Apenas temos opiniões. Não temos tempo para grandes reflexões e nos contentamos com análises rasas. Pouco importa os fatos. O que interessa é a informação, a imagem, a palavra de ordem que nos inspiram as notícias. Tudo se reduz a banalidade de um post em rede social para dizer nada sobre tudo.

CRISE DE REPRESENTAÇÃO E REFUNDAÇÃO DA REPÚBLICA


O futuro da democracia talvez não passe pelos partidos políticos. Muito provavelmente, considerando as tendências contemporâneas, ele exigirá novas formas de expressão politica e de espaço público. Exigira,mesmo, uma radical reinvenção da esfera pública. 
A auto representação politica é uma via em construção que se esboça hoje através do descredito cada vez maior dos políticos profissionais.
De nada adiante, mudar os políticos, substituir o presidencialismo por um parlamentarismo ainda mais elitista e dado a corrupção.
A mudança que queremos é a refundação da república.

O PROBLEMA DA SUB REPRESENTAÇÃO POLITICA

A crise de representação politica não é um problema novo no Brasil. Pode-se mesmo dizer que os partidos políticos, desde o período imperial, se constituíram como espaços elitistas edificados sobre a sub representação da maioria da população.

Surpreendentemente, mesmo nos dias de hoje, sob o signo da democracia, tal sub-representação se perpetua. Agora atinge de forma muito crônica negros e mulheres, que constituem a maioria da população nacional.  Vigora entre nós uma espécie de racismo e machismo institucional que, obviamente, está vinculado ao fato dos partidos políticos funcionarem tradicionalmente como cartórios eleitorais comandados por elites de poder de Estado. O aspecto ideológico não influencia em nada tal definição comum à constituição de todas as agremiações. O que realmente vigora e define o perfil de um partido é uma promiscuidade entre elites econômicas e politicas.

Mesmo entre os partidos de esquerda, nos anos pós redemocratização, observou-se um franco declínio da importância das bases na vida partidária e um absoluto domínio de seus caciques e políticos profissionais. No máximo, sua base, cada vez mais reduzida, é vista como simples correia de transmissão de deliberações verticais.

 Ao mesmo tempo, as praticas politicas de políticos de esquerda e direita, obedecendo a pauta universal da governalidade e necessárias alianças para manutenção e funcionamento da atual estrutura jurídico politica, faz predominar um claro conservadorismo eleitoreiro e composições pragmáticas justificadas pela chamada governabilidade.

O problema da sub representação não se resolve com um ideal de inclusão politico partidária. Afinal, a politica tradicional e as maquinas partidárias são espaços cada vez mais desgastados e não representativos cuja vocação elitista tende a se aprofundar. A auto representação, através da ação direta, em coletivos, fóruns, etc. é um modo  de participação da vida publica que cada vez mais se afirma como caminho para construção de uma nova cultura política.

CIDADÃO CONSUMIDOR


Ganho o suficiente para o meu sustento.
Nem muito, nem pouco.
Apenas o suficiente para manter a condição de cidadão consumidor
E contribuir com a economia nacional,
Satisfazendo necessidades de mercado, me comportanto como um macaco midiático,
Um sonâmbulo de multidão.
Sou apenas um usuário de cartão de crédito,
Um eterno escravo de boletos.
Mas é isso que hoje em dia
Me define como bom cidadão.

QUESTIONAMENTOS

Quantos absurdos cabem no cotidiano de uma cidade?

Quantas deficiências e corrupções definem os serviços públicos, as decisões políticas e as sentenças jurídicas?

O quão insustentável é nossa realidade social?

Em suma, o que é esse absurdo que todos vivemos e aos poucos nos faz morrer?

segunda-feira, 2 de julho de 2018

A DECADÊNCIA DA CIDADANIA


A política é movida pelo interesse de poucos. Os que definem o jogo do poder são as grandes corporações econômicas. Parece uma redundância tal afirmação. Mas o fato é que só muito recentemente começamos a nos dar conta de que mesmo a democracia não é um regime representativo, que as ideologias não estão acima destes interesses, que somos reféns de relações de poder que nos conformam a normalidade dos pequenos e cotidianos absurdos.

Somos reféns do conformismo da indignação. A cidadania é apenas uma palavra para enfeitar propaganda eleitoral.