segunda-feira, 20 de agosto de 2018

O FANTASMA DA XENOFOBIA



Há uma falsa propaganda de que o brasileiro médio possui uma boa índole social, sendo, na maioria das vezes, cordial e prestativo com os estrangeiros. Nada mais fantasioso. Turistas são enganados e ludibriados o tempo inteiro pelas ruas de cidades turísticas como Salvador e Rio de Janeiro. 

Mesmo sem aqui recorrer a dados estatísticos, é cabível afirmar sem medo de errar que o brasileiro médio apresenta traços de dissimulada xenofobia. Não é por acaso que o racismo cordial é um dos mais autênticos produtos da cultura nacional.

Se o turista ou imigrante branco, norte americano ou europeu, por suas condições econômicas, é bem integrado ao meio nacional, o mesmo não pode ser dito sobre imigrantes africanos e venezuelanos, para citar os exemplos mais conhecidos entre nós nestes tempos sombrios de refugiados globais. Mas como poderia ser diferente em um país onde a vida vale tão pouco e as diferenças sociais são traduzidas por certo elitismo econômico  e discriminação racial? 

a xenofobia, enquanto recusa do outro, do diferente, é um traço latente de uma cultura nacional que sempre tendeu a megalomania ufanista e a naturalização das desigualdades.  



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