Há uma falsa propaganda de que o brasileiro
médio possui uma boa índole social, sendo, na maioria das vezes, cordial e
prestativo com os estrangeiros. Nada mais fantasioso. Turistas são enganados e
ludibriados o tempo inteiro pelas ruas de cidades turísticas como Salvador e Rio de
Janeiro.
Mesmo sem aqui recorrer a dados estatísticos, é cabível afirmar sem
medo de errar que o brasileiro médio apresenta traços de dissimulada xenofobia. Não é por
acaso que o racismo cordial é um dos mais autênticos produtos da cultura
nacional.
Se o turista ou imigrante branco, norte
americano ou europeu, por suas condições
econômicas, é bem integrado ao meio nacional, o mesmo não pode ser dito sobre
imigrantes africanos e venezuelanos, para citar os exemplos mais conhecidos entre nós
nestes tempos sombrios de refugiados globais. Mas como poderia ser diferente em um
país onde a vida vale tão pouco e as diferenças sociais são traduzidas por
certo elitismo econômico e discriminação
racial?
a xenofobia, enquanto recusa do outro, do diferente, é um traço latente de uma cultura nacional que sempre tendeu a megalomania ufanista e a naturalização das desigualdades.
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