O autoritarismo e o elitismo, desde os tempos coloniais ou de américa portuguesa, passando pela conversão em império tropical e, posteriormente, em república oligárquica, definem o Brasil como Estado nação. As marcas do sistema escravagista e seu antigo regime são permanências que superam qualquer ideal de modernidade. Nos discursos oficias isso sempre foi ignorado em nome da fantasia de um povo alegre, inventivo e pacifico. A ditadura vargas inventou o Brasil tal como o conhecemos: o país do samba que, posteriormente, seria também do futebol. O Pais potencia em desenvolvimento, homogêneo e gigante por natureza.
Com a “nova republica” inaugurada pela constituição de
1988, parecíamos próximos da realização
da utopia de uma republica popular e democrática, mesmo que na contramão de todo elitismo e estatismo de
nossa história. O Governo Bolsonoro parece ter, entretanto, enterrado esta ilusão
ingênua. O autoritarismo, o elitismo mais perverso, que nunca deixaram de
definir o páis, perderam todo pudor democrático. Assistimos atônicos o
agressivo avanço de um neo conservadorismo raivoso, predador e selvagem. Daqui
para frente nada será como antes. A ditadura deixou de ser um tabu, um mal
resolvido capitulo da vida republicana, para se converter no pior pesadelo de
uma democracia moribunda.
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