A dicotomia entre Estado de Direito e Estado Policial
já não existe mais. Não há fronteiras entre a democracia e o autoritarismo. Tudo é cada vez mais reduzido ao controle
penal, a normalização da sociedade. A hegemonia do poder oligárquico consolidou-se
de vez na contemporaneidade através da
captura da esfera pública por apetites corporativos e mercantis diversos. A
racionalidade de mercado contamina todas as instancias da vida social de forma
transnacional e truculenta.O que foge ao controle é empurrado para a margem da
anormalidade a ser disciplinada. É isso
que define o miserável mundo contemporâneo. É contra isso que se debatem
multiplicidades de insurgentes na microfísica do mero cotidiano.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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