Ninguém sabe.
Mas neste exato instante,
Chove na floresta.
A vida segue em mata fechada
Indiferente ao lixo urbano,
A medíocre grandeza da civilização ocidental,
Do hino nacional
E da reunião da ONU.
A vida segue contra a história e o progresso.
Chove na floresta.
Contra todo desmatamento,
Assassinatos e agressões.
Chove na floresta
Pelo simples fato natural de chover,
Sem a necessidade de tratados,
Utilitarismos ou manifestos vagos
Sobre o valor do verde.
Ninguém precisa aproveitar a chuva.
Basta viver a floresta como devir
Fora do jogo entre sujeito e objeto.
todos nós somos a floresta.
Todos somos o céu que chora.
Todos somos o céu que chora.
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