terça-feira, 26 de novembro de 2019

BOLSONAZI: A ABERRAÇÃO AUTORITÁRIA



Embora, ainda vigora no país a chamada Nova República e seu ideal democrático, um fascistoide asqueroso e tacanho responde pela presidência da República.

Com menos de um ano de mandato ele se tornou um câncer na vida nacional  buscando eliminar tudo que cheira vida e liberdade, tudo que respira novidade, justiça e  igualdade.

Sem competência, dignidade ou bom senso, o ocupante do acento presidencial, é uma espécie de experiência mal sucedida de politico profissional, incapaz de manter a compostura digna do cargo de salafrário nacional. Insiste, ao contrário, em sua convincente performance de filho da puta que ao longo de sua carreira parlamentar nunca passou de um parasita e oportunista.


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

UM CHILE QUE VIVE, UM BRASIL QUE APODRECE NA ATUALIDADE DE 1968



A insurreição é o que há de mais contemporâneo na politica. Provamos uma amostra disso através das jornadas de julho em 2013. Mas, quando a rebelião popular desponta no Chile, com um gosto de julho, não há ecos nas ruas.

Onde está nossa indignação, nossa revolta?
Por onde anda nossa juventude?

Invejamos o Chile por atualizar 1968 exorcizando os fantasmas da ditadura e desafiando os autoritarismos da democracia.

Nós, entretanto, permanecemos desatualizados e a margem do mundo cultivando nossos arcaísmos, nossa podridão coletiva sem ainda entender a novidade de 1968.


quinta-feira, 21 de novembro de 2019

A DECADÊNCIA DA NOVA REPÚBLICA

Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro...
Os últimos presidentes da nova República,
A construção de um modo de governança, 
De uma forma Estado personalista,
Arrogante,
Que procura fazer a sociedade
Sua imagem e semelhança.
Idealização  vazia e arrogante
Através da fantasia de um país que progride 
Segundo a ideologia do governo.
Institucionalização definitiva 
De um poder oligárquico e semi autoritário.

A MUDANÇA É FILHA DO DESESPERO


Apenas quando nada se tem a perder,
É que tudo se torna possível.
Assim tem sido
ao longo de toda a história humana.

Pode-se mesmo dizer
que o  futuro é filho do desespero.
Enquanto existi uma escolha
somos escravos dos fatos
nos conformamos ao passado,
ao presente e a qualquer arranjo capenga da realidade.

Só há ruptura quando toda estrutura das coisas vividas
desaba sobre nossas cabeças
e a única opção é  por a perder tudo que existe.  



terça-feira, 19 de novembro de 2019

ALMOÇO REQUENTADO


O almoço de hoje será o resto do jantar de ontem.
Saborearemos o requentado e inatual
da eterna agonia de nossa rotina.

A novidade é sempre que não há novidades.
 
As sementes de esperança
não germinam em um horizonte de retrocessos.
Definhamos no deserto do conservadorismo estéril.

Não mataremos nossa fome com aquilo que temos.



INTERROGAÇÕES SOBRE O FUTURO DE 1984



Teremos um futuro em 1984
impotentes e visíveis diante do olho absoluto
de um eficiente e indeterminado controle introjetado?

Seremos os conformados opositores de um presente eterno?
Ainda faz sentido falar em futuro
Quando ano que vem será sempre 1984....

sábado, 16 de novembro de 2019

BRASIL:UM PAÍS DETESTÁVEL

A sociedade brasileira não  passa de uma monstruosa máquina de moer gente para garantir o sorriso oligárquico.

É  uma sociedade feita para poucos através  da miséria de muitos.

Isso é mais do que suficiente para tornar este país detestável.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A DECADÊNCIA DOS SENHORES DE REBANHO NA POLITICA


A clássica caricatura do político latino americano como demagogo  aplica-se com perfeição a personagens como Maduro, Lula ou Evo Morales que nas ultimas décadas representaram a hegemonia do populismo de esquerda na região.

É irônico que o colapso da receita neoliberal  em países como Chile e Argentina, coincida com o desgaste da formula demagógica do grande líder nacional progressista nacional desenvolvimentista. O que parece emergir sobre as ruínas do neo liberalismo é, por um lado, um ultra conservadorismo estéril e autoritário e, por outro, a insurreição popular como expressão de um vazio de alternativas que cria seus próprios sujeitos,  introduzindo a multidão como protagonista do tempo presente.

O novo na politica não tem uma faceta institucional, mas popular e anônima no dizer de um povo por vir.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

CONTRA OS PRIVILEGIOS DA LEI

O sucesso do fracassado é a ruína do privilegiado. Pois o relativismo da desigualdade não reconhece a ditadura da matemática ou a formal igualdade da letra morta da lei.

Reconheço a revolta dos fracassados contra o sucesso dos privilegiados. Não  existe justiça  para os cativos e explorados quando a lei é  feita para os exploradores.

OS MISERÁVEIS


Nós  nos debatemos contra um futuro morto
Para respirar o tempo presente.
Tentamos sobreviver contra a corrente.

Recusamos a história, 
As ilusões do progresso.
Lutamos pelo aqui e agora,
Pelas urgências do imediato
Escritas em nossos corpos,
Afetos e sonhos.

Reivindicamos a vida
Que nos foi roubada,
A juventude que não  nos foi possível,
A casa que nos foi tirada.

Somos os filhos do abismo
E os amigos da tempestade.






terça-feira, 5 de novembro de 2019

PODRIDÃO NACIONAL



Há sujeira já entope  todos os cantos.
O lixo, entretanto, não para de crescer.

Todas as autoridades tem as mãos sujas
e os prédios públicos fedem a esgoto.

Empresários vendem estrume
enquanto  políticos prometem
conduzir o pais
a condição de chiqueiro de primeiro mundo.

As ruas estão cheias de ratos,
baratas e gente
nadando na lama.

Todos acreditam
no futuro dos urubus.




DO CONFORISMO A MORTE


Levava uma vida conformada  e calada
Dedicada a sobrevivência,
A norma estabelecida.

Existia para ser ninguém.
Sua digital era seu rosto.

Morreu de tanto ver
O tempo passar
Sem jamais ter existido.
Morreu de não  estar vivo.



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A MISÉRIA DO SER PRODUTIVO

A precariedade da existência  se expressa pela redução  da vida a um ato produtivo. Na escola, no trabalho, ou na esfera doméstica, somos obrigados a produzir,  reproduzir o sistema , nos conformar ao poder. 

Somos induzidos a atividade contínua. O corpo não  deve ficar parado. A mente deve manter-se ocupada. A grande saúde é  o paradoxo da iminência constante do esgotamento.

Trabalhe, produza, ganhe dinheiro, consuma.

OS NOVOS INSATISFEITOS


Os novos insatisfeitos não  reivindicam. 
Eles gritam, protestam contra a sorte do mundo,
Abominam a ordem das coisas.
Mas não reivindicam.
Carregam cansaços, 
Niilismos.
Estão  mesmo aos pedaços 
E já  não  tem o que perder.
Isso é  o que os faz perigosos  ao poder.
Eles não  negociam.
Não esperam reformas 
Respostas ou acomodações. 
Não  falam em nome de qualquer identidade.
Não carregam bandeiras
E não se anulam sob o rosto de um líder.

Os novos insatisfeitos exigem o impossível.
Gritam o absurdo
Contra a domesticação  do inaceitável .



domingo, 3 de novembro de 2019

DIA SEGUINTE

O dia seguinte não  será rotina.
Será  desvario, revolta,
Quase um crime.

Vai ser histórico, 
Simplesmente,
Inesquecível.

O dia seguinte
Ser a,finalmente,
Outro dia. 

sábado, 2 de novembro de 2019

MUDANÇA E VIDA COLETIVA

Análises  econômicas ou de conjuntura politica, tal como toneladas  de estatísticas, não nos proporcionam um entendimento seguro da realidade e muito menos  propiciam um diagnóstico da vida coletiva. Caso contrário,  já viveríamos  no melhor dos mundos possíveis . Políticos ou intelectuais "Iluminados" é  o que mais tem por aí. Mas nenhuma de suas formulações penetra na vida cotidiana ou muda o movimento das coisas reais que perpassa as pessoas. 

A vida não muda pelos saberes e poderes que lhe configuram, mas pelo contágio de uma insatisfação coletiva. Geralmente suas motivações  são múltiplas e condicionadas ao capricho de dadas circunstâncias sociais quase imprevisíveis, visto que em Boa medida, são  irracionais.

Por isso pouco me importa os devaneios dos acadêmicos de plantão. Quero saber daquela magia que contamina multidões e transforma a vida no terremoto da ordem estabelecida. A receita deste feitiço  não  está nos livros ou teorias, mas no coração da multidão que sofre, que se angústia, com as mazelas do dia a dia.