Os novos insatisfeitos não reivindicam.
Eles gritam, protestam contra a sorte do mundo,
Abominam a ordem das coisas.
Mas não reivindicam.
Carregam cansaços,
Niilismos.
Estão mesmo aos pedaços
E já não tem o que perder.
Isso é o que os faz perigosos ao poder.
Eles não negociam.
Não esperam reformas
Respostas ou acomodações.
Não falam em nome de qualquer identidade.
Não carregam bandeiras
E não se anulam sob o rosto de um líder.
Os novos insatisfeitos exigem o impossível.
Gritam o absurdo
Contra a domesticação do inaceitável .
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