A alma das manifestações de rua são os coletivos e pessoas anônimas que na composição dos corpos inventam horizontalmente a soberania da multidão na contramão dos organizadores, partidos e militâncias. O Fora Bolsonaro ainda não inventou seu povo, permanece refém da agenda oligárquica e eleitoreira de partidos. Mas as ruas sempre surpreendem, sempre fogem aos roteiros do teatro dos engajados, para afirmar a vida em sua virtualidade, inventando um outro horizonte, micro políticas, multiplicidades, onde imperam intensidades e devires minoritários. As ruas não tem partido...elas definem sempre linhas de fuga.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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