O Brasil produz diariamente toneladas de lixo. Mas não
me refiro ao lixo que objetivamente polui as ruas. Falo daquele lixo abstrato
que em grande medida povoa o nosso cotidiano.
Ou seja, do lixo politico, religioso, musical, institucional e
existencial que nos pesa por dentro no cotidiano e dantesco espetáculo nacional.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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