A vitalidade da vida politica é
medida pela mobilização popular, ou dos coletivos organizados que personificam,
de modo independente , autônomo e plural, as grandes ansiedades e indignações
coletivas. Não são as manobras e bandeiras partidárias que mudam a vida . O acontecer politico deve ter algo de festa, de lúdico e
espontaneismo que preencha o espaço público de tensões, de rostos anônimos e
ações diretas. É preciso que haja algo de sonho, criatividade e plena liberdade
de expressão e criação.
A vida pública não é um
privilégio de alguns eleitos, mas participação que ganha as ruas e enfeita a
cidade de vida. Sem isso a politica se torna um mero jogo de interesses
privados entre minorias aristocráticas e privilegiadas. Por isso ela não exclui
confrontos e tensões frente as resistências da ordem estabelecida e sua logica
excludente e elitista. Frente ao monopólio das decisões reivindicado pelas
autoridades ungidas pelo sufrágio econômico, afirma-se a voz das ruas e
multidões.
Mais do que algumas pautas
pragmáticas, a politica é um modo de reinventar socialmente a cidade como
espaço comum e compartilhado de solidariedades e não como uma dissimulada rede
de controle e interdições comicamente apelidada de ordem pública.
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