A situação politica institucional
tupiniquim chegou a um ponto tão absurdo de desqualificação dos partidos políticos,
caciques e profissionais do poder, que qualquer solução autoritária já não
assusta o cidadão comum, dada a perplexidade com os rumos da precária e
esculhambada democracia vigente.
Entre a mesmice e a incerteza
politica, a ruptura institucional ganha a boca dos moralistas de plantão, ávidos
por uma cruzada pelos bons costumes. Como se moral e politica fossem no Brasil
coisas compatíveis.
As soluções fáceis dos demagogos e salvadores da nação, as formulas desenvolvimentistas e
promessas de progresso, ainda tem seus carentes adeptos, mas é cada vez mais
evidente a falta de perspectivas concretas em um país mulambado cuja vocação
sempre foi o atraso.
Particularmente, sou antipático ao
discurso positivo que propõe boas saídas, projetos e alternativas, mesmo quando
o cenário aponta para pequenos e grandes desastres. Penso que o realismo amargo
é sempre o melhor caminho. Principalmente
em situações de franca e estrutural falência nacional como é o caso do Brasil.
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