O abuso do poder econômico
transformou a politica tupiniquim em uma
verdadeira propinocracia. Leis custam caro e beneficiam sempre quem tem muito dinheiro. A democracia
no Brasil é para poucos abastados. Disto já não resta duvidas. O grande
paradoxo é que, condenada pela opinião pública e pelas autoridades, a corrupção
continua por ai quase onipresente e onipotente nas esferas do poder. Mostra-se,
mesmo, mais forte do que os mecanismos jurídicos disponíveis para julga-la e
condena-la. Isso apenas uma verdade
obvia, a ordem jurídica nunca foi
pensada para punir os detentores do poder.
Direito e justiça, afinal, são coisas distintas em uma sociedade não
apenas desigual, mas banalizou o abuso do poder confundindo-o com seu mais
natural exercício de privilégios. Onde políticos podem mais do que a opinião
pública e atentam contra a boa gestão da coisa publica é sempre necessário
repensar a republica e discutir seus limites do ponto de vista da hipótese de
uma radicalidade da democracia.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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