A mais óbvia sequela da peste será a consciência da crise civilizacional ocidental em nosso abismo nacional.
Não teremos um horizonte de reconstrução do precário que nos definia, mas uma percepção mais clara do grande impasse político, social e econômico, ao qual se reduziu o Brasil dos últimos anos.
Depois da pandemia não será mais tão fácil naturalizar nosso absurdo cotidiano. Serão tempos de radicalização, de aguçamento de todas as contradições, em um cenário de aprofundamento de crises e impasses já existentes.
O fato é que não há como nada ser como antes.
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