Entre o medo (principalmente de classe media) e o negacionismo ( principalmente dos mais pobres) as narrativas que circulam sobre a pandemia e as medidas de isolamento social, foram capturadas pela guerrilha de opiniões políticas e ideológicas. A esquizofrenia de um presidente contrário as políticas públicas de emergência contribuem muito para tal divisão, mas não a justificam. Diante da ameaça concreta de morte coletiva, era de se esperar uma mobilização e comoção da sociedade em nome da sobrevivência. Mas o que se observa é a proliferação de particularismos e egoísmo diversos. De modo geral, é cada um por si, apesar de algumas campanhas de apoio e solidariedade. O isolamento social expõe uma situação de solidão social, uma falta de consideração com o coletivo e sensibilidade para própria situação de pandemia. Procuare-se um estado de normalidade anormal em meio ao caos pandemia e a perda de controle do proprio cotidiano.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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