Em uma sociedade de falsos
moralistas, a revolta contra a corrupção acaba reduzida a um idealismo vazio. Torna-se mais uma revolta de caráter moralista contra a classe política, do que um questionamento radical do comportamento
amoral e muitas vezes nada ético tão corriqueiro não apenas no plano do Estado mas na sociedade como um todo.
Em uma narrativa ainda mais
cretina, o discurso abstrato da revolta moral ganha um verniz ideológico que, em sua versão direitista, exibe
a silhueta de um conservadorismo moralista estéril e, em sua versão esquerdista, personifica um
discurso revanchista paranoico . Em ambos os casos a solução é salvacionista e
populista de um novo governo ideal de
salvação nacional e manutenção do atual jogo do poder.
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