O país real não é o país legal.
Não é aquele dito pelas leis,
pela moral, religião,
opiniões ou ideologias.
Ele praticamente não existe
na versão consagrada pelos telejornais.
O país real é uma ficção,
algo que nos foi imposto
no lugar da vida cotidiana,
do caos e absurdos que povoam
as ruas, as casas e a natureza.
Apenas existem indivíduos amontoados,
mutilados, dopados, enfeitiçados
pelo encanto das falsas soluções coletivas.
somos tantos, vários e, entretanto,
somos pouco em nós mesmos.
Somos feitos de nada, de Estado,
mero objeto de estatísticas
e vitimas de decisões politicas.
Afinal, até que ponto existimos
em meio a desordem nacional?
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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