quinta-feira, 30 de novembro de 2017

DEMOCRACIA NÃO É VOTO!


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A DECADÊNCIA DA POLÍTICA

Os discursos políticos se confundem na contemporaneidade com narrativas de poder, com a elaboração de pautas artificiais destinadas a gestão impessoal dos negócios públicos. Quando hoje em dia se fala em política, trata-se simplesmente da administração das coisas e não mais da invenção da liberdade através da esfera pública.

Desta forma, a politica se tornou patologia estatal. Como tal, se voltou contra a sociedade enquanto espaço de ação dos indivíduos associados e passou a exige sua tutela. A estatização da política e a desqualificação da vida coletiva, através da sua redução a objeto de administração publica, nos diminui a todos como membros de uma sociedade política.


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O BRASIL NÃO ME REPRESENTA


UM INFERNO CHAMADO BRASIL

Mas é tanta noticia ruim, tanta corrupção e falta de perspectiva econômica, moral e existencial, que já começo a desconfiar que na verdade já estamos todos mortos e em algum limbo existencial tipo caverna do dragão. 

Talvez seja o Brasil na realidade o inferno e todos os políticos não passem de uma legião de demônios atormentadores. Caso tal fantasia fosse real, certamente seria mais fácil entender e explicar a realidade nacional.

O Brasil só faz sentido se for o inferno sobre a terra!


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

OS LIMITES DAS IDEOLOGIAS

Ideologias expressam nossas carências coletivas. De um modo geral, servem apenas para pacificar consciências. Nada mais tranquilizador do que acreditar que entendemos o jogo social e temos a resposta certa, o caminho necessário para superar as contradições e limites da realidade. Mas isso não passa de idealismo infantil. A realidade é imperfeita e não existe efetiva transformação que não aconteça a longo prazo e contrariando as piores e melhores expectativas de momento. O futuro sempre irá no sentido contrário de nossas melhores expectativas.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

SOBRE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Sou avesso a meta narrativas que inventam identidades coletivas a partir da construção de heróis míticos. Neste sentido,  um dia da consciência negra associado a controversa figura de Zumbi dos Palmares me parece reducionista e pouco eficaz quando comparado ao marco legal da abolição em 13 de maio. Afinal, o que ainda nos é contemporâneo é o fato de ter se perpetuado, após o fim do cativeiro,  uma cultura da escravidão, o arcaísmo de uma  estratificação social baseada na etnia,que impediu qualquer estratégia de integração dos libertos a um projeto de sociedade pós escravocrata. O que se viu, ao contrário, foi o triunfo de um projeto elitista de república e de sociedade do qual ainda hj somos todos vítimas e protagonistas. Nunca superamos em terras tupiniquins as inercias e arcaísmo do nosso antigo regime.

RACISMO INVISÍVEL

Existe no Brasil um certo elitismo social que engendra o racismo como como uma prática de hipocrisia. Não há nada, por exemplo,  mais cínico do que o discurso de que não existe racismo no Brasil , que a discriminação atinge socialmente os pobres, independente da e etnia. 
Este tipo de afirmação desconsidera que a maioria dos pobres é negra e o quanto é raro encontrar negros em posição de mando na sociedade até os dias de hoje, mais de um século depois da abolição.
Há uma cultura da escravidão que não acabou junto com o escravismo, mas o perpétuo como um tabu e estratégia de exclusão.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

COMO FUNCIONA O ATUAL SISTEMA POLITICO

Os bandidos de colarinho branco, organizados em partidos políticos, impõem a sociedade seus próprios códigos de conduta, seu corporativismo e seus privilégios, como uma ferrenha ordem oligárquica desde sempre instituída acima de todos. Fazem suas próprias regras e vivem o exercício da vida pública como a regulação obscura de um universo paralelo onde a lei é o crime e a ausência de ética uma virtude.



ABSURDO OLIGÁRQUICO

O dinheiro público circula de modo obscuro.
Seu destino é definido por arbítrios e canetadas
Daqueles que mandam.
Verbas e cargos públicos são objeto de negociatas.
Mas já naturalizamos os desmandos oligárquicos
Neste horror republicano com verniz democrático.
Nada mais nos espanta....
Tudo funciona errado.
Inclusive, nossa boa consciência.
Estarão certos os que falam na lei ferrenha das oligarquias

Como trágico destino de nossa sociedade politica?

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

SOBRE AS NEGOCIATAS ELEITORAIS

É mais do que evidente que as eleições no Brasil são definidas como um grande negócio envolvendo políticos profissionais e empresários. O jogo do poder viabiliza interesses corporativos e mesquinhos muito distantes do bem comum. Como poderia ser diferente se o exercício de um mandato parlamentar ou executivo tem por prioridade assegurar  a perpetuação do fisiologismo e negócios privados de caciques políticos e seus aliados? Tal realidade, depois de tudo que já veio a público com a operação Lava Jato e seus desdobramentos, é evidente para o mais humilde dos eleitores. Curiosamente, a indignação popular tem se mostrado silenciosa e estéril, facilitando a perpetuação do atual modelo político, defendido pela esmagadora maioria dos políticos que, obviamente, vive às custas dos seus vícios e perversões. A apatia popular permanece sendo o maior obstáculos as radicais e urgentes mudanças necessárias à reinvenção da esfera pública. Infelizmente, ainda vivemos em uma república sem povo.

OS LIMITES DA REPÚBLICA

ÏNão tenho qualquer simpatia pelo parlamentarismo monárquico, mas não posso deixar de chamar atenção para uma curiosidade histórica. A república nunca teve um dirigente comparável a Pedro II em termos de vocação humanista e civilizatório. A cultura republicana no Brasil, sempre se associou ao elitismo e ao autoritarismo. Isso, desde sua fundação, através de um golpe militar. A indiferença popular ao feriado da proclamação da república é uma das expressões do quanto a cultura republicana que se estabeleceu por aqui nunca foi capaz de formar heróis que dessem brilho ao regime. Inventaram o Tiradentes como mito da luta republicana, mas jamais foi possível converter um dirigente republicano em inconteste herói nacional.  A republica tupiniquim, marcada por tantas crises e instabilidades, tantos anos de ditadura, sempre deixou muito a desejar e se consolidou, do ponto de vista da cidadania , uma espécie de república que nunca foi, do ponto de vista de seus supostos ideais.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

A MISÉRIA DA REPÚBLICA

República significa a gestão da coisa pública, o interesse de todos e a construção da soberania de um corpo coletivamente organizado. 

No Brasil contemporâneo, contrariando toda boa ciência e coerência política, a república tornou-se sinônimo de dominação oligárquica e feudalização de interesses privados através da esfera pública institucionalizada.
O político profissional, longe de inspirar-se pela busca do bem comum, orienta-se pelos seus apetites pessoais e egoístas, comportando-se como um novo aristocrata a viver de renda pública.

Assim, se constitui uma república oligárquica onde os representados são reféns de seus representantes. Eis a verdade simples da qual cada um de nós é atualmente vítima passiva enquanto membro de uma sociedade política administrativa, de uma ficção coletiva chamada Brasil. Somos prisioneiros e escravos de um estado nação cujo propósito é a dominação de minorias.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

BRASIL: PAÍS DE MISERÁVEIS!

Embora muitos demagogos e oportunistas arrotem ufanismos e otimismos de exaltação nacional, o Brasil é um país miserável e pobre; um país desgraçado e sem futuro! O BRASIL É UM PAÍS FEIO DE SE VER, UM LUGAR TERRÍVEL DE SE VIVER, onde a maioria da população já nasce condenada a miséria.

obs: os dados utilizados aqui são de 2013 e meramente ilustrativos de uma situação que só se modifica para pior

2014 E A AGENDA NACIONAL

Desde 2014 o rombo das contas públicas entrou de forma definitiva para a agenda nacional. A crise econômica e política, colocou novamente em alta a questão das finanças publicas, em um contexto de fragilidade da estabilidade econômica garantida pelo sucesso do plano real nos anos 90.

Diante dos novos escândalos de corrupção que ganharam publicidade a partir de 2014 ( e que revelaram o quanto a corrupção no Brasil era maior do que se imaginava até então), não surpreende a situação deficitária da maquina pública e da economia nacional. Trata-se muito mais da crise de um modelo perverso e viciado de administração pública, do que propriamente de boa ou má gestão.


Os governos são naturalmente predadores (gastadores) e o Estado custa caro á população. População esta composta por uma maioria de quase miseráveis. Por outro lado o Estado também não fomenta infra estrutura que alavanque uma modernização do parque industrial. predomina a ilusão do agro negócio como vocação histórica nacional.

De modo geral, o Brasil vive em uma situação de “antigo regime” como as vésperas da revolução francesa, guardando as diferenças contextuais. 

O CETICISMO DAS MASSAS

As inercias sociais e o silêncio das massas encontra uma forma de expressão clara através da naturalização do disfuncional. Todas as contradições e limites da ordem social são domesticadas. Seja através dos filtros e configurações das informações pelos meios de comunicação hegemônicos, seja pela vocação do senso comum a evitar o caos e a instabilidade como resposta aos impasses coletivos. A multidão amorfa tende ao conformismo. Assim, até mesmo reclamar dos políticos, da situação econômica, é uma forma de catarse e reprodução da inercia social.


Esta apatia em relação a vida pública pode ser explicada de diversas maneiras, mas algo que me parece fundamental, é o reconhecimento de que a maioria é vitima de um absoluto ceticismo em relação a alternativas a situações dadas. As pessoas simplesmente não acreditam na possibilidade de mudança.    

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A VIDA FÁCIL DO PARLAMENTO BRASILEIRO

A vida fácil de parlamentar do congresso nacional, a partir de fins dos anos 90, não parou de conhecer progresso e consumir descaradamente os cofres públicos com benefícios ( privilégios!) de fazer inveja a qualquer aristocracia. Seguem alguns dados que ilustram tamanho absurdo em tempos de capenga democracia e escândalos de corrupção: 




Fonte:: https://istoe.com.br/315057_A+ESCALADA+DAS+MORDOMIAS/





A TOMADA DE TRÊS PINOS E O ARCAÍSMO NACIONAL

A tomada de três pinos que, desde 2010, em conformidade com a norma brasileira NBR 14.136, imposta pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), passou a vigorar como padrão em todo território nacional,  é um dos grandes símbolos da falta de bom senso que norteia os rumos dos governos tupiniquins. A ideia de um modelo nacional, totalmente incompatível com qualquer outro usado no mundo, revela a concepção muito peculiar de “modernidade” predominante entre os “donos do poder”. No Brasil até mesmo as inovações são formatadas pelo arcaísmo.


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

CRIME E GOVERNO

Desde o início, em 2014, de uma investigação mais sistêmica da corrupção no Brasil, através da Operação Lava Jato e seus desdobramentos, a noção de crime, até então associada ao tráfico de drogas e latrocínios, passou a ser vinculada a prática política. De repente nos demos conta de que organização criminosa também define autoridades que usam terno e gravata, partidos políticos e empresários.

A criminalidade e a insegurança pública alcancaram o Estado, mesmo que isso não seja admitido pelos tantos bandidos que permanecem no poder. O fato é que agora  é de conhecimento público que os piores bandidos  não usam armas, mas a caneta. Caso exemplar disso é o de Sérgio Cabral, ex governador do Rio, cuja lista de crimes é de dar inveja a qualquer estelionatário. Estado este cuja as finanças andam mal das pernas. Ao contrário dos acordos e privilégios dos que frequentam as salas do poder.

IRRESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

Em tempos de "governabilidade liquida" é de corporativismo oligárquico das elites de poder, a administração pública é definida por um jogo de interesses politiqueiros. Não se trata apenas de apadrinhamento e loteamento da máquina pública, mas dá irracionalidade dos gastos e prioridades sem qualquer responsabilidade. 

A falência dos estados e dos municípios é a consequência lógica de gestões voltadas para o interesse partidário. O poder  e sua manutenção custa caro e as contas sempre são pagas com dinheiro público.

Afinal, a cada eleição, os mesmos políticos de sempre, recebem um cheque em branco dos cidadãos para perpetuar o jogo sujo institucional.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

BRASIL: PAÍS DE MISERÁVEIS E DESERDADOS

A grande maioria da população tupiniquim é composta por deserdados da sorte, por uma massa de desesperançados e condenados pela ignorância a um destino modesto de geração a geração. Uma vida sem soluções é o que lhes espera desde muito antes do nascimento, dado que a mediocridade social é a grande vocação nacional, independente das promessas dos políticos e sofismas do Estado.

A revelia da mania de grandeza que sustenta o imaginário oficial, do mito da ordem e progresso, o fracasso define o Brasil como nação. Em tempos de tanta corrupção política, crise econômica e desesperança geral, tal tese nunca pareceu tão verdadeira. Vivemos em um país de miseráveis que arrotam grandeza.


CARNAVAL BRASIL


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

O ANARQUISMO NOSSO DE CADA DIA

O anarquismo, em sua forma mais elementar, é aquele sentimento popular, muito difundido, principalmente, entre os moradores da periferia, de que não podem esperar grande coisa do Estado ou dos políticos. Ele é uma constatação diária de que a ordem pública, tal como atualmente estabelecida, não funciona para quem precisa e que as autoridades vivem em um mundo a parte regido por interesses privados.

O anarquismo, neste sentido, esta longe de um delírio utopista, correspondendo a uma constatação pragmática sobre os limites das coisas vividas e dos negócios humanos.

domingo, 5 de novembro de 2017

A DOENÇA COMO REMÉDIO

O sentimento de insegurança em relação a vida social é a medida da saúde da " vida nacional". Quando  coletivamente nos sentimos insatisfeitos com a administração pública, com os dilemas da economia, com a violência urbana, nos surpreendemos a mercê de alternativas autoritárias de coesao social .
. É quando se fortalecem os populismos de todas as espécies e os salvadores da pátria. Eis os sintomas de uma sociedade acometida pela infermidade do autoritarismo da salvação nacional da ordem. Na politica, a doença sempre se oferece como solução aos males da sociedade.

CARÊNCIA NACIONAL

Falta verdade para desmentir tanta mentira oficial e pós verdade em rede social. Falta pensamento crítico, opinião fundamentada e , até mesmo, capacidade de discernimento entre o certo e o errado.
Falta educação, bom senso, maturidade emocional e até um pouco de equilíbrio mental. 
Falta gente neste país que mais parece um grande bacanal institucionalizado e sacramentado pelos rebanhos da ignorância.

DISCURSOS DE CAMPANHA

Políticos em campanha possuem discursos fáceis que nos oferecem soluções para tudo. Falam das dificuldades do povo, dos desafios nacionais e sempre apresentam a ordem estabelecida como solução para suas próprias contradições. Políticos em campanhas tentam te convencer que a política profissional é o único caminho do progresso quando todas as evidências apontam para o contrário. Mas há sempre aqueles que votam, que sustentam a mentira eleitoral.