terça-feira, 9 de outubro de 2018

ELEIÇÕES 2018: PERSPECTIVAS ELEITORAIS II




Algo que precisa ser dito sobre o sombrio pleito eletivo de 2018 é que, por ter sido marcado pelo transbordamento da polarização cega, ele foi também decisivo no sentido de afirmar uma tendência a  qualquer novidade que ainda não veio. Falo contra as analises sombrias de triunfo da vocação autoritária, em sua face conservadora, que parece mais do que certa. O problema é que não é só isso. Não há linearidade ou totalizações que definam o curso dos acontecimentos humanos. As teleologias racionalistas e as analises conjunturais pecam por sempre partir dos limites e preconceitos de nosso tempo presente. Tendemos a avaliar os fenômenos sociais a partir de nossas miopias culturais, reduzir e domesticar fatos que criamos com nossas precárias ferramentas cognitivas.

Em lugar de remoer o obvio do fantasma do totalitarismo, que paira sobre todas as democracias contemporâneas, é mais saudável pensar o que se transforma em meio as incertezas e tempestades deste triste momento eleitoral de opções nulas.

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