Governos são dispositivos que funcionam de forma independente da persona política do governante. Existem pautas e decisões que são resultado de um campo de forças diversas, de agenciamentos que extrapolam o próprio governo. Assim, não é uma questão "oposicionista" a avaliação critica de um novo desenho institucional. Até porque ele não tem como inspiração à vontade dos eleitores, mas técnicas de governança e normatização que buscam equacionar micro apetites corporativos diversos.
É mais do que salutar que a sociedade se afirme como uma voz neste processo buscando um governo que não se invente acima de suas cabeças ignorando a complexidade do jogo social. Se existe uma agenda de governo é preciso que também exista uma agenda de sociedade. Afinal, sem participação e opinião "popular" a democracia não passa de uma categoria vazia destinada a legitimar o controle da população por uma elite de privilegiados.
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