O pior lado das expectativas
eleitorais é o agenciamento ideológico vazio. Isso se torna ainda mais
verdadeiro em conjunturas eleitorais marcadas por polarizações como a deste
sombrio ano de 2018.
Um quase
candidato preso e outro esfaqueado durante a campanha, polarizam as leituras do
passado recente. Revirando os destroços da “Era PT”, o mais esdruxulo momento
de nossa periodização de democracia pós 1988, estabelecem-se oposições entre
seus herdeiros e seus detratores. Tudo
que resume a uma tosca disputa de poder onde o que esta em questão não é qualquer
projeto de país, mas birras ideológicas sem qualquer pé na realidade concreta.
As narrativas de
ambos os lados destilam ódio pelo outro, inventam o inimigo a ser combatido em
nome do bem supremo. Atestam desta forma nosso fracasso como sociedade.
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