O que tenho a dizer sobre a insanidade deste intenso instante político de verdades oportunistas, deixarei para dizer daqui a um ano. Então, ou meu dizer fará sentido como enunciado de lucidez pessimista, ou deverá ser esquecido como um risível equívoco. O certo é que existirão outras mentiras, outras hipnoses coletivas, conduzindo rebanhos e identidades coletivas. Ainda seremos nômades no grande deserto a margem da multidão cheia de justificativas.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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