sexta-feira, 24 de junho de 2016

MACHISMO E CONSERVADORISMO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

A cultura do estupro é diariamente reverenciada pelos machismos nossos de  cada dia. Desde da sutil coisificação sensual do corpo feminino até a escancarada violência. É realmente asqueroso que existam aqueles que sem o menor pudor ironizam os movimentos feministas e fazem apologia a submissão da mulher as regras e  costumes secularmente impostos pela tradição partriacal. Afinal, vivemos tempos em que a pluralidade e a liberdade do individuo se colocam de muitas maneiras na ordem do dia da dinâmica social.

O machismo não se confunde mais com mero conservadorismo ideológico, ele se afirma como expressão de uma espécie de barbarismo cultural de natureza irracional e perversa. Trata-se de uma questão de violência e agressão, de recusa da diferença que se edifica primeiramente no âmbito privado/subjetivo antes de impor-se  socialmente.

Assim, o machismo pressupõe a inferioridade feminina não como um dado cultural, mas como uma experiência biológica e natural. Assim, ele não admite questionamentos. A logica do machismo é que a diferença não pode ser pensada e que os papeis sociais consagrados de gênero são a históricos e compreendem a essência de nossa condição humana.

Por tudo isso, não é fácil desconstruir o machismo. Talvez ainda leve algumas gerações para que novas formas de sociabilidades se imponham a tradição. Pelo menos no que diz respeito a um pais culturalmente arcaico como é o Brasil.


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