Não é uma tarefa fácil definir a
atual idade cultural de nossa carcomida modernidade tardia. No fundo não
superamos ainda o arcaísmo dos últimos séculos,
nos desencontramos do futuro e vivemos da miopia do tempo presente e seus
impasses. Creio que não cabemos em qualquer formatação histórica de
contemporaneidade. Existimos, ao contrário, em alguma espécie de limbo temporal
onde, a margem da civilização ocidental, nos enterramos em qualquer simulacro
onde inventamos como virtudes nossos mais inaceitáveis defeitos e estrutural
atraso cultural.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
Nenhum comentário:
Postar um comentário