domingo, 31 de dezembro de 2017

ECONOMIA POLÍTICA

Não haverá novidades na república das bananas. Estamos condenados à repetir o mesmo de sempre. Mas falemos em termos econômicos e técnicos:

A esperança tornou-se uma moeda sem valor de uso ou de troca em tempos de decadência da economia dos sonhos. A infração de mentiras corroeu todos os investimentos e aplicações da vontade coletiva. Ninguém investe em soluções. Estamos todos politicamente falidos. O trabalho gera miséria e pobreza e alimenta o mercado que quase nos mata de fome de vida.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

APATRIADOS

A verdade sobre o Brasil é o fracasso como marca coletiva de uma invenção nacional. 

Prisioneiros de uma ordem insana e constitucional, somos todos reféns dos poderes constituídos, vítimas da prisão de um estado nação que nos obscurece no devir do mundo.

Nossas vidas não cabem neste circo que chamam Brasil.

Queremos muito mais do que aquilo que dizem possível.Queremos um futuro. Não fomos paridos por nenhuma pátria!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

PODRIDÃO POLÍTICA

A estupidez domina os debates políticos, as pseudo disputas ideológicas e o capricho narcisista das opiniões virtuais. Mas a política real, aquela feita pelos profissionais do poder e pelos detentores de mandatos e cargos públicos, vai ainda pior. Beira o mais calamitoso e  indecente teatro, alimentando-se dos mais obscuros acordos e negociatas.  

A politica fede e apodrece. Mas nada acontece. Ninguém consegue esperar boa coisa do jogo do poder, da miséria das instituições republicanas que empodera oligarquias.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

FIM DE ANO

Todo fim de ano
É sempre a mesma melancolia,
Aquela falta de esperança
E revolta contida.
Sempre aquele limite,
Aquela realidade subdesenvolvida.
As mesmas mentiras nos jornais,
Toda forma de hipocrisia.
Todo fim de ano
É sempre o mesmo vazio,
A mesma falta de perspetiva.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O VOTO COMO ELE É

O Voto apenas legitima o poder,
Esvazia nossa auto representação
E nos torna reféns do interesse de pequenas elites
Que ditam o que devemos querer
E decidem como iremos viver.

O voto é a recusa da liberdade,
A delegação de responsabilidades

Aos nossos próprios carrascos 

O BRASIL QUE NOS ADOECE

É muito fácil adoecer no Brasil.
Afinal,  o Estado patrocina  doenças
Ao não garantir direitos
E  sacrificar a população carente
Para garantir privilégios de políticos,
Empresários e outras autoridades.

A cidadania é apenas uma mentira
Para que o poder se legitime nas urnas
Enquanto a população adoece
Nas filas de espera das repartições públicas.

O importante é o futuro da economia,
A boa ventura dos lucros e dividendos

E a saúde dos corruptos.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

DESMANDOS POLÍTICOS

Nos últimos anos, o  noticiário sobre politica nacional  foi praticamente monopolizado por escândalos de corrupção e pela arbitraria iniciativa dos políticos em legislar para o bem de um país que existe apenas na cabeça ou no interesse deles.

Temas como reforma trabalhista e da previdência, tal como colocados em pauta, refletem o consenso de elites em torno do arbítrio de suas prioridades. Longe de eliminar privilégios ou estabelecer equidades, tais reformas atende uma logica de mercado que dispensa estudos técnicos e até mesmo o amplo debate com a sociedade.


Além disso, os prévios acordos que só permitem o agendamento da votação em plenário de tais propostas, após os governistas conquistarem franca maioria, é um procedimento que atenta contra qualquer principio democrático e cheira a autocracia. Arranjos e negociatas dão o tom das praticas politicas de modo realmente acintoso.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

MISÉRIA ESTATAL

As razões de Estado
Desconsideram o individuo
Na exaltação do cidadão abstrato.
Somos todos numero,
Massa amorfa e anônima
Que legitima a ordem vigente.
Todo ensaio de autenticidade,
De critica e contestação,
É considerado disfuncional
E digno de repressão.
O controle
É essencial as desrazões de Estado.
Para ele, é perigoso todo comportamento
Autônomo e individual.




COMO FUNCIONA O PODER

As oligarquias politicas, organicamente articuladas em maquinas partidárias, estabelecem o poder como relação entre desiguais, como domínio de minorias sobre uma maioria inorgânica.

Assim, todo poder emana sempre do povo e contra ele é exercido... Para as elites politicas, a reprodução do próprio poder é o único objetivo a ser alcançado em meio a constantes disputas por hegemonia.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

REPUBLICA, BARBÁRIE E ARCAISMO NACIONAL


Hoje em dia, mais do que em qualquer outro período, sabemos que a república tupiniquim nunca teve vocação para a democracia. Pelo contrário, sempre vivemos  a sombra do autoritarismo. E nada disso mudou depois da constituição de 1988. Provam a corrupção e elitismo autoritário de nossa degenerada classe politica.

Ainda somos uma republica oligárquica atolada em arcaísmos,  em absoluta falta de civilidade. Provamos no dia a dia que nos trópicos imperam, desde sempre e para eternidade, formas de barbárie civilizada, assentadas a margem dos rumos e da contemporaneidade do mundo ocidental. 

O projeto de modernidade e racionalidade pós iluminista foi por aqui um grande engodo patrocinado pelo atraso que ultrapassa as épocas históricas. Não passou de um grande carnaval durante bom tempo cantado ao ritmo nacional desenvolvimentista.

Aventurou-se o país na pós modernidade sem nunca ter sido moderno...

Maldito seja o progresso!!!

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

IMORALIDADES POLITICAS

É muito curiosa a lógica do jogo do poder.
Temer não pode ser investigado para não atrapalhar a suposta" recuperação" da economia. Lula, já condenado em primeira instância, em campanha presidencial com um ano de antecedência, não pode ser condenado em segunda instância e impedido de concorrer porque lidera as pesquisas de opinião.

Em poucas palavras,  para os políticos e seus partidários, o jogo do poder está acima da lei e o cálculo político torna qualquer noção de justiça irrelevante. 
É assombroso o fundo do poço em que chegou a república tupiniquim.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O PREÇO DA PASSIVIDADE

As coisas de governo não são, a rigor, matéria exclusiva dos profissionais da política, mas interesse de todos. Deixar os rumos da vida social a mercê do Estado e das autoridades é legitimar a autocracia como princípio velado da vida pública. Infelizmente, o elitismo característico do jogo do poder reduz a maioria da população a condição de massa amorfa e passiva, incapaz de participar ativamente dos rumos de sua própria existência coletiva. Deste modo, somos todos cúmplices dos abusos praticados pelos profissionais da política. Garantimos as condições necessárias a toda forma de corrupção e poder abusivo por nossa passividade. Não nos reconhecemos como sujeitos da vida pública ou como atores de uma sociedade politica.


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017


CONSUMO E MISÉRIA

Vivemos em uma sociedade de consumo e o acesso ao mundo, ao próprio tempo presente, depende de muitas maneiras de nosso poder aquisitivo.  Neste sentido, a maior parte da população vive a margem do tempo de agora, seja material ou intelectualmente. As compras do mês de produtos ordinários em uma rede popular de supermercado são sua maior preocupação. Esta é uma das formas invisíveis do arcaísmo que define o  Brasil e sua falta de horizonte cultural.


É fato que o consumo qualificado de tecnologia e cultura permanece a margem da esmagadora maioria dos brasileiros, cuja formação intelectual deixa incrivelmente a desejar. Mas se há  uma coisa que as elites econômicas  e seu rebanho tem em comum  é a falta de horizonte cognitivo, a incapacidade de perceber as questões do tempo presente sem tomar como critério o pequeno mundo que gira em torno do próprio umbigo. A miséria do consumo nacional atinge também as elites. Não por privação, mas por absoluta ignorância. 

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

SOBRE O BRASILEIRO MÉDIO

O brasileiro médio é definitivamente alguém que vive para o curto horizonte da reprodução de sua vida privada. Não se considera um membro de qualquer sociedade politica e não faz a mínima ideia do que seja uma “cidadania ativa” ou uma democracia participativa.

Para ele, de modo geral, a politica é coisa dos “políticos”. E, se ruim com eles, pior sem eles. Assim, deixa seguir a ordem “natural” das coisas e pouco aposta em mudanças. Acha mesmo que tudo sempre será como agora e que “não tem jeito”.

O brasileiro médio não lê muito. Logo, também não pensa muito. Nem mesmo acredita que pensar seja algum tipo de virtude, mas coisa de “esquisitões”. Esta é uma das muitas explicações possíveis para a passividade geral diante de tantos escândalos de corrupção e do elitismo predatório da classe politica, cada vez mais ousada na arte de cultivar privilégios e caprichos ou julgar-se imune a própria lei.

O brasileiro é um bestializado em matéria de política. Quando muito cai no simplismo maniqueísta de qualquer ideologia ou religião de plantão.


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

OPINIÃO E CONJUNTURA NACIONAL

Deixe seu nome nos comentários.
Ou não comente nada.
Ninguém se importa com sua opinião.

Todos os debates são agora arremedos de diálogos
Nos desencontros das polarizações.
Os atos valem mais do que qualquer palavra.
Pois há mais informações do que fatos
E nenhuma resposta arranha soluções.
Em tempos de absurdos e perplexidades
Fazemos de conta que o futuro
Ainda é possível.


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A DECADÊNCIA DA POLÍTICA

Os discursos políticos se confundem na contemporaneidade com narrativas de poder, com a elaboração de pautas artificiais destinadas a gestão impessoal dos negócios públicos. Quando hoje em dia se fala em política, trata-se simplesmente da administração das coisas e não mais da invenção da liberdade através da esfera pública.

Desta forma, a politica se tornou patologia estatal. Como tal, se voltou contra a sociedade enquanto espaço de ação dos indivíduos associados e passou a exige sua tutela. A estatização da política e a desqualificação da vida coletiva, através da sua redução a objeto de administração publica, nos diminui a todos como membros de uma sociedade política.


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O BRASIL NÃO ME REPRESENTA


UM INFERNO CHAMADO BRASIL

Mas é tanta noticia ruim, tanta corrupção e falta de perspectiva econômica, moral e existencial, que já começo a desconfiar que na verdade já estamos todos mortos e em algum limbo existencial tipo caverna do dragão. 

Talvez seja o Brasil na realidade o inferno e todos os políticos não passem de uma legião de demônios atormentadores. Caso tal fantasia fosse real, certamente seria mais fácil entender e explicar a realidade nacional.

O Brasil só faz sentido se for o inferno sobre a terra!


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

OS LIMITES DAS IDEOLOGIAS

Ideologias expressam nossas carências coletivas. De um modo geral, servem apenas para pacificar consciências. Nada mais tranquilizador do que acreditar que entendemos o jogo social e temos a resposta certa, o caminho necessário para superar as contradições e limites da realidade. Mas isso não passa de idealismo infantil. A realidade é imperfeita e não existe efetiva transformação que não aconteça a longo prazo e contrariando as piores e melhores expectativas de momento. O futuro sempre irá no sentido contrário de nossas melhores expectativas.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

SOBRE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Sou avesso a meta narrativas que inventam identidades coletivas a partir da construção de heróis míticos. Neste sentido,  um dia da consciência negra associado a controversa figura de Zumbi dos Palmares me parece reducionista e pouco eficaz quando comparado ao marco legal da abolição em 13 de maio. Afinal, o que ainda nos é contemporâneo é o fato de ter se perpetuado, após o fim do cativeiro,  uma cultura da escravidão, o arcaísmo de uma  estratificação social baseada na etnia,que impediu qualquer estratégia de integração dos libertos a um projeto de sociedade pós escravocrata. O que se viu, ao contrário, foi o triunfo de um projeto elitista de república e de sociedade do qual ainda hj somos todos vítimas e protagonistas. Nunca superamos em terras tupiniquins as inercias e arcaísmo do nosso antigo regime.

RACISMO INVISÍVEL

Existe no Brasil um certo elitismo social que engendra o racismo como como uma prática de hipocrisia. Não há nada, por exemplo,  mais cínico do que o discurso de que não existe racismo no Brasil , que a discriminação atinge socialmente os pobres, independente da e etnia. 
Este tipo de afirmação desconsidera que a maioria dos pobres é negra e o quanto é raro encontrar negros em posição de mando na sociedade até os dias de hoje, mais de um século depois da abolição.
Há uma cultura da escravidão que não acabou junto com o escravismo, mas o perpétuo como um tabu e estratégia de exclusão.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

COMO FUNCIONA O ATUAL SISTEMA POLITICO

Os bandidos de colarinho branco, organizados em partidos políticos, impõem a sociedade seus próprios códigos de conduta, seu corporativismo e seus privilégios, como uma ferrenha ordem oligárquica desde sempre instituída acima de todos. Fazem suas próprias regras e vivem o exercício da vida pública como a regulação obscura de um universo paralelo onde a lei é o crime e a ausência de ética uma virtude.



ABSURDO OLIGÁRQUICO

O dinheiro público circula de modo obscuro.
Seu destino é definido por arbítrios e canetadas
Daqueles que mandam.
Verbas e cargos públicos são objeto de negociatas.
Mas já naturalizamos os desmandos oligárquicos
Neste horror republicano com verniz democrático.
Nada mais nos espanta....
Tudo funciona errado.
Inclusive, nossa boa consciência.
Estarão certos os que falam na lei ferrenha das oligarquias

Como trágico destino de nossa sociedade politica?

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

SOBRE AS NEGOCIATAS ELEITORAIS

É mais do que evidente que as eleições no Brasil são definidas como um grande negócio envolvendo políticos profissionais e empresários. O jogo do poder viabiliza interesses corporativos e mesquinhos muito distantes do bem comum. Como poderia ser diferente se o exercício de um mandato parlamentar ou executivo tem por prioridade assegurar  a perpetuação do fisiologismo e negócios privados de caciques políticos e seus aliados? Tal realidade, depois de tudo que já veio a público com a operação Lava Jato e seus desdobramentos, é evidente para o mais humilde dos eleitores. Curiosamente, a indignação popular tem se mostrado silenciosa e estéril, facilitando a perpetuação do atual modelo político, defendido pela esmagadora maioria dos políticos que, obviamente, vive às custas dos seus vícios e perversões. A apatia popular permanece sendo o maior obstáculos as radicais e urgentes mudanças necessárias à reinvenção da esfera pública. Infelizmente, ainda vivemos em uma república sem povo.

OS LIMITES DA REPÚBLICA

ÏNão tenho qualquer simpatia pelo parlamentarismo monárquico, mas não posso deixar de chamar atenção para uma curiosidade histórica. A república nunca teve um dirigente comparável a Pedro II em termos de vocação humanista e civilizatório. A cultura republicana no Brasil, sempre se associou ao elitismo e ao autoritarismo. Isso, desde sua fundação, através de um golpe militar. A indiferença popular ao feriado da proclamação da república é uma das expressões do quanto a cultura republicana que se estabeleceu por aqui nunca foi capaz de formar heróis que dessem brilho ao regime. Inventaram o Tiradentes como mito da luta republicana, mas jamais foi possível converter um dirigente republicano em inconteste herói nacional.  A republica tupiniquim, marcada por tantas crises e instabilidades, tantos anos de ditadura, sempre deixou muito a desejar e se consolidou, do ponto de vista da cidadania , uma espécie de república que nunca foi, do ponto de vista de seus supostos ideais.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

A MISÉRIA DA REPÚBLICA

República significa a gestão da coisa pública, o interesse de todos e a construção da soberania de um corpo coletivamente organizado. 

No Brasil contemporâneo, contrariando toda boa ciência e coerência política, a república tornou-se sinônimo de dominação oligárquica e feudalização de interesses privados através da esfera pública institucionalizada.
O político profissional, longe de inspirar-se pela busca do bem comum, orienta-se pelos seus apetites pessoais e egoístas, comportando-se como um novo aristocrata a viver de renda pública.

Assim, se constitui uma república oligárquica onde os representados são reféns de seus representantes. Eis a verdade simples da qual cada um de nós é atualmente vítima passiva enquanto membro de uma sociedade política administrativa, de uma ficção coletiva chamada Brasil. Somos prisioneiros e escravos de um estado nação cujo propósito é a dominação de minorias.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

BRASIL: PAÍS DE MISERÁVEIS!

Embora muitos demagogos e oportunistas arrotem ufanismos e otimismos de exaltação nacional, o Brasil é um país miserável e pobre; um país desgraçado e sem futuro! O BRASIL É UM PAÍS FEIO DE SE VER, UM LUGAR TERRÍVEL DE SE VIVER, onde a maioria da população já nasce condenada a miséria.

obs: os dados utilizados aqui são de 2013 e meramente ilustrativos de uma situação que só se modifica para pior

2014 E A AGENDA NACIONAL

Desde 2014 o rombo das contas públicas entrou de forma definitiva para a agenda nacional. A crise econômica e política, colocou novamente em alta a questão das finanças publicas, em um contexto de fragilidade da estabilidade econômica garantida pelo sucesso do plano real nos anos 90.

Diante dos novos escândalos de corrupção que ganharam publicidade a partir de 2014 ( e que revelaram o quanto a corrupção no Brasil era maior do que se imaginava até então), não surpreende a situação deficitária da maquina pública e da economia nacional. Trata-se muito mais da crise de um modelo perverso e viciado de administração pública, do que propriamente de boa ou má gestão.


Os governos são naturalmente predadores (gastadores) e o Estado custa caro á população. População esta composta por uma maioria de quase miseráveis. Por outro lado o Estado também não fomenta infra estrutura que alavanque uma modernização do parque industrial. predomina a ilusão do agro negócio como vocação histórica nacional.

De modo geral, o Brasil vive em uma situação de “antigo regime” como as vésperas da revolução francesa, guardando as diferenças contextuais. 

O CETICISMO DAS MASSAS

As inercias sociais e o silêncio das massas encontra uma forma de expressão clara através da naturalização do disfuncional. Todas as contradições e limites da ordem social são domesticadas. Seja através dos filtros e configurações das informações pelos meios de comunicação hegemônicos, seja pela vocação do senso comum a evitar o caos e a instabilidade como resposta aos impasses coletivos. A multidão amorfa tende ao conformismo. Assim, até mesmo reclamar dos políticos, da situação econômica, é uma forma de catarse e reprodução da inercia social.


Esta apatia em relação a vida pública pode ser explicada de diversas maneiras, mas algo que me parece fundamental, é o reconhecimento de que a maioria é vitima de um absoluto ceticismo em relação a alternativas a situações dadas. As pessoas simplesmente não acreditam na possibilidade de mudança.    

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A VIDA FÁCIL DO PARLAMENTO BRASILEIRO

A vida fácil de parlamentar do congresso nacional, a partir de fins dos anos 90, não parou de conhecer progresso e consumir descaradamente os cofres públicos com benefícios ( privilégios!) de fazer inveja a qualquer aristocracia. Seguem alguns dados que ilustram tamanho absurdo em tempos de capenga democracia e escândalos de corrupção: 




Fonte:: https://istoe.com.br/315057_A+ESCALADA+DAS+MORDOMIAS/





A TOMADA DE TRÊS PINOS E O ARCAÍSMO NACIONAL

A tomada de três pinos que, desde 2010, em conformidade com a norma brasileira NBR 14.136, imposta pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), passou a vigorar como padrão em todo território nacional,  é um dos grandes símbolos da falta de bom senso que norteia os rumos dos governos tupiniquins. A ideia de um modelo nacional, totalmente incompatível com qualquer outro usado no mundo, revela a concepção muito peculiar de “modernidade” predominante entre os “donos do poder”. No Brasil até mesmo as inovações são formatadas pelo arcaísmo.


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

CRIME E GOVERNO

Desde o início, em 2014, de uma investigação mais sistêmica da corrupção no Brasil, através da Operação Lava Jato e seus desdobramentos, a noção de crime, até então associada ao tráfico de drogas e latrocínios, passou a ser vinculada a prática política. De repente nos demos conta de que organização criminosa também define autoridades que usam terno e gravata, partidos políticos e empresários.

A criminalidade e a insegurança pública alcancaram o Estado, mesmo que isso não seja admitido pelos tantos bandidos que permanecem no poder. O fato é que agora  é de conhecimento público que os piores bandidos  não usam armas, mas a caneta. Caso exemplar disso é o de Sérgio Cabral, ex governador do Rio, cuja lista de crimes é de dar inveja a qualquer estelionatário. Estado este cuja as finanças andam mal das pernas. Ao contrário dos acordos e privilégios dos que frequentam as salas do poder.

IRRESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

Em tempos de "governabilidade liquida" é de corporativismo oligárquico das elites de poder, a administração pública é definida por um jogo de interesses politiqueiros. Não se trata apenas de apadrinhamento e loteamento da máquina pública, mas dá irracionalidade dos gastos e prioridades sem qualquer responsabilidade. 

A falência dos estados e dos municípios é a consequência lógica de gestões voltadas para o interesse partidário. O poder  e sua manutenção custa caro e as contas sempre são pagas com dinheiro público.

Afinal, a cada eleição, os mesmos políticos de sempre, recebem um cheque em branco dos cidadãos para perpetuar o jogo sujo institucional.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

BRASIL: PAÍS DE MISERÁVEIS E DESERDADOS

A grande maioria da população tupiniquim é composta por deserdados da sorte, por uma massa de desesperançados e condenados pela ignorância a um destino modesto de geração a geração. Uma vida sem soluções é o que lhes espera desde muito antes do nascimento, dado que a mediocridade social é a grande vocação nacional, independente das promessas dos políticos e sofismas do Estado.

A revelia da mania de grandeza que sustenta o imaginário oficial, do mito da ordem e progresso, o fracasso define o Brasil como nação. Em tempos de tanta corrupção política, crise econômica e desesperança geral, tal tese nunca pareceu tão verdadeira. Vivemos em um país de miseráveis que arrotam grandeza.


CARNAVAL BRASIL


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

O ANARQUISMO NOSSO DE CADA DIA

O anarquismo, em sua forma mais elementar, é aquele sentimento popular, muito difundido, principalmente, entre os moradores da periferia, de que não podem esperar grande coisa do Estado ou dos políticos. Ele é uma constatação diária de que a ordem pública, tal como atualmente estabelecida, não funciona para quem precisa e que as autoridades vivem em um mundo a parte regido por interesses privados.

O anarquismo, neste sentido, esta longe de um delírio utopista, correspondendo a uma constatação pragmática sobre os limites das coisas vividas e dos negócios humanos.

domingo, 5 de novembro de 2017

A DOENÇA COMO REMÉDIO

O sentimento de insegurança em relação a vida social é a medida da saúde da " vida nacional". Quando  coletivamente nos sentimos insatisfeitos com a administração pública, com os dilemas da economia, com a violência urbana, nos surpreendemos a mercê de alternativas autoritárias de coesao social .
. É quando se fortalecem os populismos de todas as espécies e os salvadores da pátria. Eis os sintomas de uma sociedade acometida pela infermidade do autoritarismo da salvação nacional da ordem. Na politica, a doença sempre se oferece como solução aos males da sociedade.

CARÊNCIA NACIONAL

Falta verdade para desmentir tanta mentira oficial e pós verdade em rede social. Falta pensamento crítico, opinião fundamentada e , até mesmo, capacidade de discernimento entre o certo e o errado.
Falta educação, bom senso, maturidade emocional e até um pouco de equilíbrio mental. 
Falta gente neste país que mais parece um grande bacanal institucionalizado e sacramentado pelos rebanhos da ignorância.

DISCURSOS DE CAMPANHA

Políticos em campanha possuem discursos fáceis que nos oferecem soluções para tudo. Falam das dificuldades do povo, dos desafios nacionais e sempre apresentam a ordem estabelecida como solução para suas próprias contradições. Políticos em campanhas tentam te convencer que a política profissional é o único caminho do progresso quando todas as evidências apontam para o contrário. Mas há sempre aqueles que votam, que sustentam a mentira eleitoral.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

POLITICA E MENTIRAS



É PRECISO QUE VOCÊ SAIBA: 

O grande espetáculo da politica brasileira é um teatro de grandes mentiras.

Tudo é muito pior do que você sabe e imagina...

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

NOTA SOBRE ARRECADAÇÃO PUBLICA

O aumento da arrecadação é sempre a prioridade de qualquer governo. Afinal, a corrupção custa caro e o Estado serve para sujar dinheiro com gastos absurdos e pouco transparentes. 
O Estado custa caro no Brasil. É burocrático,  ineficiente e serve aos interesses do mercado. Além disso, funciona como ente privado, um patrimônio dos políticos profissionais.
Enquanto isso, o povo carece de educação e saúde de qualidade. Isso para dizer o mínimo.

domingo, 29 de outubro de 2017

POR UMA CULTURA DO VOTO NULO

Precisamos hoje de uma cultura do voto nulo como exercício de desobediência civil, de participação radicalmente democrática do povo nos negócios públicos. Afinal, não faz sentido legitimar através da  do voto uma ordem institucional que se mantém a margem de qualquer vaga noção de cidadania participativa. Se alguém sempre se elege, este mesmo alguém não nos representa. É um agente da lógica corporativa e oligárquica de partidos que reduzem a política a uma grande maracutaia.

Precisamos reinventar a sociedade civil contra  as minorias privilegiadas que nos escravizar através de relações verticais e autoritárias de poder.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

TIPOLOGIA SOCIAL E MUDANÇA

Pode-se dizer que na vida pública, que é o nosso mais banal cotidiano comum, existem basicamente três tipos de pessoas: as que mandam, as que obedecem e as que questionam. Destas últimas depende o futuro, enquanto horizonte de mudanças e transformações constantes. Elas são aferidas inimigas dos arcaísmo da ordem estabelecida e do senso comum. Elas são as que vivem intensamente os dilemas mais profundos da contemporaneidade.

BRASIL E MEDIOCRIDADE POLITICA

Definitivamente, não é a popularidade que sustenta um governo. Caso contrário o Temer não seria mais presidente. É claro que pesa um pouco o fato de que, seu merecido afastamento por corrupção,  apenas estabeleceria um governo provisório capenga, responsável pela mesma agenda conservadora hoje estabelecida. Assim, o jogo político se sobrepõe a justiça. O que prova que a corrupção não é o único problema do atual sistema político. O corporativismo oligárquico tende sempre a manter tudo como está. Independentemente do resultado das eleições de 2018, somos reféns dos políticos em uma das piores democracias do mundo.  Por aqui a cidadania é uma formalidade vazia estabelecida pelo tácito acordo de mediocridade entre os políticos e a sociedade. Carecemos de uma cidadania ativa e mesmo de um bom nível de formação cultural que permite vislumbrar um país menos problemático.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

CRISE, ESTADO E CORRUPÇÃO

A  crise financeira e administrativa de estados como do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, não são produto apenas de imperícias administrativas. Há mais do que isso em jogo. A prioridade de gastos e investimentos  é sempre definida de modo suspeito, envolvendo uma rede de  empresas privadas ligadas a políticos e empresários que aprenderam de longa data a ganhar muito com o dinheiro público.

A fronteira entre a elite politica e elite empresarial é muito mais tênue do que mostra as investigações da operação lava jato. Não estamos falando simplesmente de corrupção, mas do exercício do poder naquilo que ele tem de mais obscuro. O fato de que alguns políticos acabem na cadeia não significa o desmonte da márfia politica partidária e seus esquemas.


A LEI DA CORRUPÇÃO

Sutil em suas formas
a corrupção
pode ser legal
na verba liberada,
no acordo politico,
no direito ao  privilégio,
no favor de amigo,
nas palavras do advogado,
e, acima de tudo,
no compromisso entre bandidos.
Aliais, todo politico é um pouco bandido...

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

SOBRE O NOVO CONSERVADORISMO POLÍTICO

O discurso conservador reduz a politica aos dilemas da manutenção da ordem social a todo custo. Assim, a recusa como forma de construção e reconstrução constante da liberdade no constante aperfeiçoamento da esfera pública.

Para o discurso conservador a politica é uma questão de Estado e não o governo dos homens e das coisas como um governar a si mesmo, um ethos, que desvela o peso de nossas individualidades como o desafio de tornar a vida uma obra de arte. A vida publica é reduzida a pobreza das razões de Estado contra as desrazões da sociedade.


Necessário dizer que o conservadorismo pode ser tanto de direita quanto de esquerda. Afinal, ainda somos reféns da cultura politica do século XX.

sábado, 21 de outubro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA INDIGNAÇÃO

No Brasil contemporâneo, nem luto e nem luta define a percepção da falência da esfera pública em uma republica de bestializados. Todos apáticos contemplam a corrupção e o absurdo politico. Nada acontece. A indecência republicana parece normal, domestica e aceitável. A ordem das coisas segue, assim seu curso, na desordem de nossas vidas.

Todas as indignações não passam de palavrório vazio, pois não materializam ações, protestos ou qualquer forma de desobediência civil.  A republica se tornou uma grande prisão onde não faz sentido a palavra cidadania. Todos os políticos profissionais são nossos carcereiros

O OBA OBSOBRE O OBA OBA OLIGÁRGUICO ELEITORAL

Em uma república oligárquica e de tradição autoritária, imperamos escusos interesses das corporações e partidos políticos, acordos privados sobre o trato da coisa publica e malabarismos ideológicos de todo tipo. A vida politica é reduzida ao espetáculo e ao atendimento dos interesses mais mesquinhos e privados.

Justamente por isso, o que se vê entre os políticos profissionais é a mais deslavada hipocrisia. Fala-se do bem da nação, da moral e dos bons costumes, de justiça social e até mesmo de ética e honra em uma politica sem dignidade.


Uma república oligárquica é um verdadeiro circo institucional onde vale tudo e a manutenção da ordem deste estado de coisas está acima da indignação popular. A ordem e o progresso serve aos bandidos de terno e gravata e fala fácil que se uto intitulam autoridades.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

AS RAZÕES DO VOTO NULO

A maioria  das pessoas sabe, diante do modo que funciona a politica tupiniquim, que não pode esperar muito do resultados eleitorais. O sufrágio é um jogo de cartas marcadas e impostas pelos interesses das corporações cartoriais partidárias. O circo eleitoral atende exclusivamente aos interesses das elites do poder que vivem as custas da maquina do Estado.

Votar legitima o poder de uma minoria  de privilegiados dirigentes  sobre uma maioria de  dirigidos impotentes, a  prerrogativa de poucos  para  impor  sobre muitos suas racionalidades duvidosas, seus governos perversos que em nada atende os interesses do povo. Os políticos vivem em uma realidade paralela que sustentam as  custas dos recursos públicos e do sofrimento da maioria da população
.

Os políticos são uma nova aristocracia de uma republica autoritária, nos mergulham em uma monarquia sem rei que atende por democracia. Votar é sucumbir a sua tirania.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A ECONOMIA DO CRIME

A crise econômica que decora as paisagens tupiniquins, já faz alguns anos, alimenta a violência urbana nas grandes capitais como Rio de Janeiro, São Paulo ou Florianópolis. Nada mais obvio e, ao mesmo tempo, tão absurdo.

A violência urbana é um fenômeno social e um complexo econômico, o que torna o tema muito mais amplo do que uma mera questão de segurança pública. Dizer isso é admitir o insucesso ou o categórico fracasso do Estado para garantir o atendimento das demandas mais elementares da sociedade, porque é incapaz de disciplinar suas normativas mais elementares. Pelo contrário, subordina-se a eles.

O crime organizado é uma grande empresa, um empreendimento capitalista, que vive de lucros exorbitantes. O crime como negócio se mostra um investimento de alto risco em meio à miséria generalizada. Ironicamente , seus códigos de funcionamento são mais eficientes do que os que regulam o corrupto funcionamento da maquina Estatal, tornando-a estruturalmente deficiente.


Estamos aqui falando de uma economia paralela fundada no ilícito. Neste sentido, o crime organizado, enquanto empreendimento econômico, não é diferente da corrupção e sua organização dentro do espaço publico institucional. Ambos vivem da produção e circulação de “dinheiro sujo” e estabelecem seu território geográfico politico em relação a fragilidade do Estado.

O CLIENTELISMO E O JOGO DO PODER

Em um país de tradição autoritária, marcado pelo primado do poder central e um pacto federativo precário, é “comum” esperar que tudo se resolva através do governo, do Estado e das oligarquias de poder. A institucionalização e verticalização da politica define de modo inflacionário a esfera pública.  O cidadão comum se julga  impotente diante do jogo elitista do poder.

De fato a politica dispensa a cidadania  fora dos períodos de festa eleitoral. Recorre-se sempre aos representantes do povo como detentores de recursos e meios para fazer valer o mais elementar direito popular.  Não são poucos que procuram um vereador ou um deputado para conseguir o agendamento de uma consulta medica, um emprego  ou alguma forma de trafico de influencias envolvendo serviços públicos e gratuitos que, de modo geral, funcionam de forma deficitária.

O clientelismo é uma pratica contemporânea que ultrapassou em muito a republica velha e a época dos coronéis. Tal relação perversa entre políticos profissionais e sociedade, mais diretamente observada nas administrações municipais, é uma das praticas mais perversas da cultura politica atual. Podemos classifica-la, mesmo que com algumas ponderações, como uma sutil modalidade de corrupção.


A corrupção no Brasil possui suas sutilezas e se confunde com a operacionalidade do próprio poder público, permeável ao trafico de influencias e relações  e favorecimentos ilícitos. O poder foi reduzido a um jogo de diversos interesses privados e articulados, formando uma grande rede de corporativismos diversos. Isso começa na mais elementar relação entre eleitor e politico e ganha dimensões absurdas com os financiamentos ilegítimos de campanha. 

POLÍTICO BOM, É POLÍTICO MORTO!

Considerando tudo aquilo que anda acontecendo neste país nos últimos anos, só podemos concluir que ser filho da puta é um pré requisito para se fazer carreira politica no Brasil.  A atividade politica é hoje monopólio de uma corja de criminosos , organizados através de diversos partidos, que transformam , todos os dias e de todas as formas, o exercício do poder em um ato ilícito contra a coisa publica e a sociedade.

POLITICO BOM , É POLITICO MORTO!

É preciso sempre repetir isso em meio a tantos desmandos legislativos e executivos.


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

UM BURACO CHAMADO BRASIL

O Brasil é um país que não acrescenta nada de bom ao mundo. É uma fantasia coletiva que alimenta patologias sociais e não cria formas de civilidade, de grande cultura. Pelo contrário, reproduz formas degradas de civilização e patologia politica e social.


O Brasil não é um bom lugar para se viver, para se construir existência em um mundo marcado cada vez mais por incertezas. A vida por aqui é violenta em todos os significados possíveis da violência.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

A CORRUPÇÃO DA POLÍTICA

No obscuro mundo da política profissional, não existe justiça. Tudo é uma questão de acordos e negociatas. A honestidade é questão de retórica. O jogo do poder tem suas próprias regras e a ética não é uma delas. No fundo todo mundo sabe disso. Por isso a corrupção entre os políticos já não causa tanto escândalo. Tornou-se tema banal e corriqueiro nos noticiários. No Brasil, politico corrupto é um lugar comum.


As eleições periódicas são um mero detalhe formal que se resolve com dinheiro. No fundo os políticos não precisam da aprovação ou da confiança popular para se credenciarem ao jogo do poder.  A democracia é só uma palavra oca constitucional.

CIDADÃO DO MUNDO

Há por ai um mundo muito mais vasto do que a cidade em que moro. Um mundo de realidades distantes que faz parecer tudo que conheço medíocre e mesquinho.  Sim. O mundo é mais vasto e complexo do que a simplicidade tosca do meu dia a dia de aldeia. Por isso invento cosmopolitismos contra os limites do dia a dia. Por isso sonho futuros que escapam as fronteiras deste lugar nenhum em que vivo.


Contra os amantes do provincianismo argumento que não posso viver olhando para o  umbigo como se fosse ele o centro do próprio universo. Muito menos posso ficar satisfeito com a miséria deste ponto ermo de onde contemplo todas as façanhas da humanidade. O céu não tem fronteiras e acolhe sonhos sem bandeiras , sem localismos e nacionalismos. 

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

A MISÉRIA DA EDUCAÇÃO

Na sociedade contemporânea a educação cada vez mais se confunde como uma forma de cognição ou percepção cada vez mais abstrata da realidade. No Brasil, entretanto, a educação ainda se depara com a incapacidade das pessoas para ler ou escrever um texto de forma apurada.


Mesmo depois de mestrados e doutorados, a maioria dos estudantes tupiniquins não sabe pensar, apenas reproduzem mecanicamente narrativas abstratas, fórmulas vazias e, absolutamente, são incapazes de uma leitura original e pratica da vida. Eruditos do vazio, sonham com um emprego publico na reinvenção da ignorância.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

NÃO ACREDITO EM POLÍTICOS

Não acredito no poder
Que como representação
E Estado
Inventa misérias politicas,
Os profissionais de governo
Que de quatro em quatro anos
Renovam sempre o domínio
Sobre nossos destinos comuns.
Não acredito na lei dos políticos,
Ricos e bem sucedidos,
Que ignoram o futuro de nossos filhos
Ou nossa falta de futuro.


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

CONSERVADORISMO E MORALISMO AUTORITÁRIO

O moralismo autoritário avança na política em meio à bipolaridade burra das narrativas vazias de esquerda X direita. Em um imaginário bipolar esvazia-se o debate e o caráter ético e democrático de algumas polêmicas, predomina a escolha superficial de bandeiras, quando está na realidade em pauta, direitos, avanços que conduzem a afirmação de uma sociedade plural, e da diversidade como premissa de sociabilidades e construção de subjetividades.

Quando discussões realmente importantes como descriminalização do aborto, “cura gay” e censura entram na pauta politica contemporânea, não deveriam ser reduzidas a toscaria da disputa entre esquerda e direita. Há muito mais em jogo. Não se trata de escolher um lado, mas de debater e discutir temas de interesse publico a luz do mais sincero sentimento ético. Afirmações ideológicas apenas empobrecem e envenenam o debate.